Edi Rock
Diferente de Brown, Edi Rock já lançou seu mais novo CD solo e, como não poderia deixar de ser, boa parte da matéria trata do assunto, assim como as consequências desse maior foco individual que culmina na ida do rapper a programas da Globo.
Mas, se o momento é de celebração pelo sucesso alcançado, podemos ter certeza que nem sempre foi assim na carreira da “voz forte da Zona Norte”.
“Mas pensei em desistir muitas vezes. Ainda mais porque o meu grupo de pagode, o Doce Delírio, estava perto de gravar um disco e eu não queria pagar aquele veneno do rap. O Milton [Sales] não nos deixou desanimar e por isso estamos juntos até hoje, 25 anos depois”, conta ele.
– Leia a matéria completa com o Edi Rock.
Sales, que foi quem uniu o grupo, costumava levá-los pra tocar na frente da Gazeta ou na rua 24 de maio; colocavam as caixas de som e o equipamento e mandavam um pocket show ali mesmo.
Edi Rock também contou sobre o acidente que retrata na música “A vítima”, do álbum “Nada como um dia após o outro dia”, que deixou uma vítima fatal.
“Paguei pelo meu erro, comigo mesmo também. Foi perdida uma vida e a vida não é uma brincadeira. Hoje, sei que é importante curtir com sabedoria. A vida ensina a experiência, pelo amor ou pela dor. Levei isso por uns dois ou três anos. Continuei vendo a família [da vítima] nas audiências judiciais, me coloquei no lugar deles. Eram pessoas pobres de verdade e eles perderam o chefe da família, que iria ser pai”, contou ele, que foi condenado a indenizar a família da vítima.
Já sobre os assuntos mais recentes em sua carreira, o rapper fala sobre a grande diversidade do seu disco solo e, principalmente sobre sua ida ao “Caldeirão do Huck” e ao “Esquenta!“, ambos da Rede Globo, que não deve ser seguida pelo Racionais.
Muitos dos ‘nãos’ que nós dissemos ao longo desses anos foram importantes para manter a solidez e o respeito que o grupo tem hoje. Racionais é um grupo, eu sou eu, Edi Rock, do jeito que fui e do jeito que sou, seguro a minha onda. Não preciso mais mostrar nada para ninguém. A não ser meu trabalho, a minha mensagem, sem fronteiras. Vou apavorar [na Globo] e será a revolução do rap, tem que ir nela e em todas. A minha mensagem não será vendida, estou indo para mostrar minha ideia, não sou corruptível, não estou levando milhões.
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