Na última terça-feira (12), a Rolling Stone Brasil anunciou a capa de sua edição especial de aniversário: o Racionais!
Além de uma entrevista com o grupo, que comentou a importância do RAP em suas vidas, o novo CD, entre outros assuntos, a revista também traçou um perfil individual de cada integrante.
– Racionais é capa de edição especial da Rolling Stone; assista ao making of!.
Mano Brown
Sobre Mano Brown, o líder do grupo, a reportagem trata principalmente de seu primeiro disco solo, que está sendo produzido há pelo menos dois anos. Não há data prevista para o lançamento, mas sabe-se que o rapper se inspirou muito no disco funk do fim dos anos 70 e começo dos 80.
“A visão da vida por parte de um mano que vive no limite e sempre está em busca do amor”, comenta ele sobre o disco, que por enquanto se chama “Boogie Naipe”, nome também da empresa que assessora o grupo, idealizada por ele.
– Leia a matéria completa sobre Mano Brown.
Além de Lino Krizz, Hyldon e outras possíveis participações, o rapper ainda terá Leon Ware, parceiro de Marvin Gaye, ambos referências musicais, no time de parceiros já confirmados.
Com versos como “Eu lamento, amor/ Hoje eu peço paz/ Agora quem não quer sou seu/ Não, não quero mais/ Lá, laia, laia, laia/ Nada do que foi será/ mas tudo passa, tudo passará/ que jogo louco é o amor/ no submundo onde estou”, na música “Mal de amor”, Brown deve surpreender a todos no novo trabalho; “Foi Num Baile Black” (com participação de Hyldon e Phil Batista), “Eu Te Proponho”, “De Frente Para o Mar”, “Manhã de Carnaval”, “Amor Distante”, “Você e Eu Só” e “Cigana” parecem estar confirmadas também.
Aliás, toda essa inovação e todo o “papo de amor” deve chocar o público, acostumado com o “Mano Brown do Racionais”. Mas, isso não preocupa o rapper.
“Ninguém vai algemar o Pedro Paulo. Ninguém vai me fazer Mano Brown o tempo todo. Pode esquecer. Querer fazer a minha vida virar Racionais o tempo inteiro ninguém vai. Na minha vida mando eu. Eu quero que as pessoas sejam livres e eu também sou”, afirmou ele logo depois de mostrar toda sua defesa à liberdade:
O rap não pode ser limitante. O negro já tem tantas limitações no Brasil, tantas regras e o rap ainda te põe mais cerca. Não pode isso, não pode aquilo. O rap nasceu da liberdade e da expansão das ideias. É mais comovente se apoiar na fraqueza e divulgar isso, lavar roupa suja o tempo inteiro, expor as fragilidades o tempo todo, na feira livre. Teve um momento em que isso foi preciso. Hoje em dia é exposição, é Datena, que entra na casa das pessoas e mostra a panela suja, o cara morto embaixo da cama, é isso aí. Teria que ser isso e eu não quero ser isso.
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