Tássia Reis fala sobre heróis musicais e tradição do hip hop: “salvou a minha vida”

O Vale do Paraíba talvez seja a região mais próspera do RAP Brasileiro atualmente, fora das capitais. De lá, nomes como AXL, Síntese, Tubaína, Dalsin, entre outros, surgiram nos últimos anos.

Mas, o momento agora é das mulheres. De uma delas, pra ser mais exato. Tássia Reis já não precisa mais de tantas apresentações, entretanto ela parece gostar de fazê-las. “Eu sempre me apresento às pessoas nos meus shows e explico porque eu estou ali, acho isso importante, pedir licença”, contou ela ao Virgula Música.

Mesmo com poucos trabalhos próprios na rua e algumas participações, a rapper já faz um barulhão. Seu único clipe, “Meu RapJazz“, entrou na nossa lista dos destaques de 2013!

Leia mais sobre ela:
– Projeto Studio62: Tássia Reis canta “Bêbada de feriado”;
– Assista à participação das Divas do Hip Hop no Estúdio Showlivre.

Trabalhando pra lançar seu CD pelo selo Mais Um Sanatório, do Xará, do qual é fã, Tássia indicou Sã & Kibão, D’origem, Mental Abstrato, Valente e Tiago Mac como novos nomes e também falou um pouco dos seus heróis musicais.

“O Brasil é muito rico, musicalmente, tem muita gente que me desperta isso [que consegue arrepiá-la musicalmente]. Clara Nunes é uma heroína pra mim, Belchior é com certeza um dos meus ídolos. Djavan, Milton Nascimento, Lauryn Hill, Erykah Badu, Ray Charles e Paulinho da Viola marcam momentos na minha vida também”, contou.

E, obviamente, como uma das Divas do Hip Hop, ela não poderia deixar de falar diretamente do movimento, da cultura na qual diz ter se encontrado em todos os sentidos.

“A melhor tradição do Hip Hop é conseguir aliar o conhecimento com o entretenimento e as amizades que giram em torno disso”, afirma. “Posso dizer que o Hip Hop salvou a minha vida, não que eu me tornaria uma ladra, ou uma pessoa sem caráter se não o conhecesse, mas digo pela autoestima, pelo conhecimento, pelas escolhas que mostrou que eu poderia fazer e pela luta pela igualdade!”, completa ela se juntando a um grande grupo de integrantes da cultura que foram salvos da mesma maneira.

Pra finalizar, Tássia defende que a cultura “continue crescendo, ocupando espaços, abrindo portas, quebrando barreiras, sem esquecer o amor que nos move que é o combustível de tudo”.

Confira a entrevista completa no Virgula Música.

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