Atualizado em 06/01/2014
No último domingo (7), o mundo da música, principalmente os originários da periferia brasileira, amanheceram em choque: o funkeiro MC Daleste havia morrido naquela madrugada após ser baleado em cima do palco, em um show em Campinas/SP.
Junto a tantos outro rappers que publicaram comentários relacionados ao caso, mandando força à família e aos fãs e questionando a segurança dos shows e a covardia do atirador, Rashid também aproveitou as redes sociais para desabafar.
Em publicação na sua página do Facebook, o rapper começou falando sobre a proximidade entre o RAP, o Funk e os outros gêneros periféricos, discriminados pelo resto da população.
“Viemos do mesmo lugar, temos a mesma cara! Somos ligados pela cor e/ou pela origem e/ou pela descendência e infelizmente, pela forma pejorativa que o resto do mundo nos olha. E por esse motivo, nossa luta é pra quebrar as algemas da mente das pessoas, de quem ainda tem essa visão [preconceituosa] sobre nosso povo e nossa cultura”, afirmou ele.
Essa era apenas a introdução, Rashid tinha uma reflexão muito maior pela frente: “Essa notícia me abalou de várias formas. Perdemos um colega da música, perdemos um talento do gueto que estava se dando bem, perdemos mais um mano de forma violenta e acima de tudo… Uma vida é sempre um vida. Depois disso, pensei: Caramba, poderia ser eu! Em qualquer palco por aí! Poderia ser eu mano… Poderia ser qualquer um dos meus irmãos cantando, ou um dos meus ídolos.”
Por fim, o rapper entrou em uma problemática que só não chocou mais do que a própria morte em si: o desejo pelo acontecido expressado de inúmeras formas na Internet.
“Que tipo de ser humano comemora a morte de outro ser humano? Simplesmente por não gostar de Funk? Por achar ‘isso ou aquilo’ da música que ele fazia? Pra mim isso é apenas uma desculpa para pobreza de espírito”, concluiu.
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