RAPtrospectiva 2014: 33 momentos que marcaram o Hip Hop Brasileiro no ano

Atualizado em 08/01/2016

A luta do Família de Rua para a realização do Duelo de MCs de BH

Respeite o Duelo de MCs de BH

Não foi um ano fácil para uma das mais tradicionais batalhas de MCs do Brasil. Pela primeira vez em muito tempo, o Duelo de MCs de BH não conseguiu o alvará e o Família de Rua teve que correr pra ajeitar isso. Mas, a Prefeitura não queria ceder, cobrando 700 reais por evento. Inadmissível. Depois de muitas reuniões e protestos pela cidade, o coletivo conseguiu a autorização e, em junho, estreou o Duelo reunindo em torno de 800 pessoas no centro de Belo Horizonte.

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O machismo explícito no RAP Brasileiro

RET se assume machista

Se já não bastasse o histórico machista das letras de RAP, os artistas pertencentes ao estilo têm reforçado o estereótipo nas suas declarações. RET mandou uma sequência de tweets sobre estupro e minas que permitem tal ato que culminou na sua afirmação de ser machista.

“Apaguei os posts em respeito à causa feminista (que educadamente me abordou sobre o assunto e me esclareceu várias coisas que minha ignorância não viu)”, justificou ele em uma publicação no Facebook. “Quem não tem humildade de ouvir não merece evoluir”, concluiu.

Mais além, Nocivo não recebeu muito bem as críticas de uma moça sobre o preço de um de seus beats. “Mina zuada, nem o post quer namorar. Vai lavar uma louça, recalcada, o que você quer tem dona, gordinha com cara de nerd”, respondeu ele.

Em uma época que se discute tanto a igualdade das mulheres, será que “mulheres devem só lavar louça” ou “mulheres só criticam os homens com os quais elas não conseguem transar” não parece ainda mais lastimável? Será que é realmente necessário devolver um ato desrespeitoso (as críticas envolveram xingamentos) com outro ainda mais grave?

Por outro lado, Lívia Cruz não vê assim tanta diferença entre o que acontece no RAP e o que acontece em outras áreas da sociedade. Pra ela, “não é o RAP que é machista, o mundo que é“.

Entretanto, quando você vê artistas, principalmente aqueles seguidos por milhares de fãs, deixando claro seu preconceito, fica difícil acreditar que as coisas caminham para uma melhora e que o RAP é apenas reflexo da sociedade. Maomé, da Cone Crew Diretoria, também foi um dos que deixaram sua marca negativa no ano:

“Mulher tem que aprender a ser mulher dentro de casa”, escreveu ele nas redes sociais logo antes de insinuar que quando isso não acontece a penitenciária e o prostíbulo são os resultados esperados. Após críticas, ele pediria desculpas aos ofendidos.

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Os “dois tipos de MC” do Emicida

A música “InSOMnia” parecia só mais uma boa colaboração entre o DJ Caique e rappers do alto escalão como Ogi e Emicida até que alguns MCs começaram a se doer com a rima “Tem dois tipo de MC. Dois, digo: os que faliu e os que aprendeu algo comigo”. Além das críticas de que o rapper teria desrespeitado nomes que ajudaram a criar a cultura Hip Hop, a expressão também passou a ser usada de inúmeras outras maneiras por outros rappers em sátiras nas redes sociais e até em novas músicas.

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A sintonia de Kamau e Rashid

Rashid e Kamau (Foto: Anna Mascarenhas)

A parceria entre Kamau e Rashid não é de 2014; os dois já haviam gravado sons juntos e até feito participações ao vivo. Mas, embarcar em um projeto com EP, clipes e shows completos é algo bem diferente e que só pode ser alcançado se a dupla tiver numa boa sintonia. Assim nasceu o “Seis sons”.

“Recentemente a gente retomou a ideia de um disco com 6 músicas que a gente queria fazer, trabalhar e registrar nesse momento bom. A nossa ligação tá mais forte e a gente tá traduzindo isso em música”, contou Kamau em matéria do Red Bull Studios, pouco antes do lançamento.

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Kamila Simões, a filha do DJ KL Jay

Kamila Simões, filha de KL Jay, é a tripgirl de edição especial contra o racismo

Tudo bem que este tópico não é 100% relacionado ao RAP, mas o que causou de bafafa no meio é digno de estar nas lembranças do ano.

No mês de abril, a revista Trip publicou uma edição especial para expor as dificuldades que a nossa sociedade apresenta para os negros e negras. Com Anderson Silva na capa e o título “Ser negro no Brasil é f*da”, a edição apresentou depoimentos de Emicida, MV Bill e mais 70 pessoas sobre o preconceito.

Na seção conhecida como “Trip Girl”, que mostra um ensaio sensual com uma garota que representa a edição da revista, a escolha pareceu bastante sensata: Kamila Simões, filha do DJ KL Jay, do Racionais.

A própria revista a descreveu como “a mais perfeita criação” do DJ. Teve muito marmanjo do RAP Brasileiro que concordou…

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