A espera foi uma das mais ansiosas de todo RAP Brasileiro. 12 anos depois de “Nada como um dia após o outro dia”, o Racionais finalmente lançou seu novo CD de inéditas, intitulado “Cores e valores”.
Embora as faixas tenham recebido mais elogios que críticas, o trampo foi bastante questionado, principalmente por ter em torno de 35 minutos de duração, muito pouco para tanta espera, na opinião dos fãs. Fica claro que o lançamento precisava de algumas explicações.
“As pessoas acharam as faixas curtas demais, mas elas têm um proposito. São transições. Alguns ouviram as músicas em ordem aleatória. Isso fez com que a mensagem ficasse um pouco confusa. O disco, para mim, como ouvinte e consumidor de música, não é tão curto quanto parece. Ele acaba no momento exato para haver uma continuidade”, explicou Mano Brown ao blog Cultura de Rua, da Rolling Stone Brasil.
Antes que você se desespere pra saber mais sobre essa tal “continuidade” citada por Mano Brown, saiba que o rapper não foi tão misterioso e já deu uma ideia sobre o que vem por aí.
“O álbum não acaba ali. Ele só pavimenta o caminho para uma nova estrada. Para mim o que vale é ser contemporâneo. É viver um momento e fazer uma música que represente aquele determinado momento. Esse disco representa a fase que estamos vivendo hoje”, afirmou.
Para Edi Rock, essa fase atual é de “questionar valores”. De acordo com o rapper, “talvez alguns demorem um pouco mais para entender essa nossa nova fase e digerir o disco. Isso é uma coisa normal”. “Nós fazemos coisas para o mundo e cada um interpreta isso de maneira particular”, completa o DJ KL Jay.
E se parece estranho pedir mais músicas inéditas logo após o lançamento de um CD, o que dizer quando o próprio grupo já deixa explícito o desejo por novos sons na rua?
“A ideia é mesmo fazer outro disco. Não precisa, necessariamente, ser uma continuação deste. Mas nós temos muitas músicas e algumas coisas engatilhadas”, comentou Mano Brown. “A verdade é que o intervalo entre um disco e outro vai diminuir. Não vamos ficar tanto tempo sem lançar coisas inéditas. Não temos um prazo exato, mas isso pode acontecer entre três meses e um ano”, sugeriu Edi Rock.
Vi no site da Rolling Stone Brasil e recomendo que leiam a entrevista completa.
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