Cuidado! Os quatro pretos mais perigosos do Brasil foram vistos numa escola, em SP

Atualizado em 09/01/2016

Sumaré, São Paulo, 1990, o RAP mal engatinhava no Brasil e já formava aqueles que se tornariam os quatro pretos mais perigosos do país. Já que falamos em formação, o nosso cenário é uma escola.

Imagine-se curtindo um baile black com os gatinhos e gatinhas da sua sala quando um dos maiores grupos da música brasileira aparece pra cantar bem ali na sua frente. Tudo bem que o Racionais ainda era pequeno comparado ao que é hoje, mas KL Jay já dava autógrafos em LPs e distribuía pra plateia.

Imagine-se ter no máximo uns 10 anos e ser atingido por letras como “Racistas otários” ou “Pânico na Zona Sul”. Diria que a escola nunca ensinou tão bem quanto naqueles poucos minutos que Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay comandaram as falas.

Hoje, na maioria das instituições, temos que agradecer se o professor ou professora sequer ousa mencionar qualquer coisa nesse nível. Claro que nem todas na época eram tão próximas da cultura negra como a escola em questão, sempre existiram exemplos e exemplos, mas a imaginação vaga.

Vemos alguns projetos independentes como o do Marcello Gugu entre os hip hoppers, mas é bem pouco se compararmos com a real necessidade. Quando que seu colégio promoveu um baile black ou discutiu o “lado negro” da abolição da escravatura? Infelizmente, sei que a maioria das respostas para ambas perguntas e tantas outras parecidas é “nunca”.

Talvez, esse vídeo possa ser inspiração para alguma atividade em alguma escola por aí. Ou talvez seja só mais um motivo pra gente parar um pouco e curtir a raridade encontrada…

Grandioso achado do Noticiário Periférico.

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