Atualizado em 15/09/2014
No último sábado (30), o PrimeiraMente lançou o segundo episódio do projeto “Poetas na escuridão”, que terá três músicas solo dos integrantes do grupo.
– Assista também aos outros dois episódios do projeto.
Nesta segunda parte, Leal compõe e rima o som “Eternizado”, que conta com o beat, mixagem e masterização do TH, no Estúdio Di Responsa; os scratches são do DJ Fire.
De acordo com o grupo, cada uma das partes “retrata lembranças pessoais, personalidades fortes e visões diferentes que formaram uma só ideologia ao longo do CD ‘A um passo do precipício’“.
A visão do Gali, integrante restante na brincadeira, deve sair no próximo sábado.
Abaixo cê confere a letra da música:
E eu to pra alertar, e te mostrar o que cobrem com lenço
A um passo do precipício, então não me impeça de fazer o que eu penso
Tenso, com a falta de senso do mundo sem cores
Repressão, alienação são algum dos fatores
Sem odores da justiça impregnada no nada
Horrores pela malícia camuflada na farda
Rumores de uma pista, na estrada do medo
Onde a morte de milhões, fazem só parte do enredo
Porque pro porco pouco importa se você ta vivo
Quem comanda acumula vidas tratando como um arquivo
Pobre fudido, iludido aqui é normal
Por isso eu não vejo motivo pra tanto sorriso nesse carnaval
E os vivos, só os corpos com copos desabafando
Convívio, sirene, cops e mortes cotidianos
Motivos, foram cofres e fortes sempre brilhando
Iludidos que tão indo, ao sonhar não está voltando
E por isso eu to protestando, rá, sem desdenhar
E vou bater, por querer, nessa tecla até quebrar
E por isso eu to protestando, tio, sem desdesenhar
E vou bater, por querer, nessa tecla até quebrar
—
REFRÃO
Só escrevo meu sentimento, momento tá eternizado
Eu traço linhas de equilíbrio entre o inferno e o céu
Palavras confortam, o que não pode ser controlado
Sangue pulsa na veia, caneta rasga o papel
E esse céu escuro, assombra meu pensamento, hã
Insegurança pras criança que não mora em apartamento, ó
Sem luxo, apertamento, o céu chora morrem milhões
Cujo imposto pago cobre carros e mansões
E eu confesso que aqui me expresso, num to pra essa fama em excesso
Quero progresso, mas num tem nada a ver com fama
Então explica essa ordem e progresso, se ostentação é sucesso
E eu faço o inverso, e foda se o regresso chama
Injusta condição, papelão e calçada
Uns na disputa por cifrão, fazendo tudo por nada
Manipulação, ta osso opinião formada
E por falta de opção mais um assalto a mão armada
E ninguém viu nada, não adianta questionar
Com tantas vidas ocupadas, quem é que ia notar
Que PÁ, morreu mais um onde a paz nunca se encontra
e a guerra é tão comum, eu…
—
REFRÃO
Só escrevo meu sentimento, momento tá eternizado
Eu traço linhas de equilíbrio entre o inferno e o céu
Palavras confortam, o que não pode ser controlado
Sangue pulsa na veia, caneta rasga o papel
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