Nego Max lança música “Indiferença” com participação do Síntese

Atualizado em 06/01/2014

No último dia 2, Nego Max lançou a música “Indiferença” com participação do Síntese e produção musical do próprio Neto (Síntese).

A música soa bem no estilo do Síntese que conhecemos no CD “Sem cortesia”. Segundo nota escrita pelo próprio grupo, a música “surgiu num momento de comunhão nossa, durante uma reflexão sobre a falta de zelo e ternura nas relações. Sobre a fita de ninguém visitar universo a dentro do irmão e não se dispor a entender e interagir com responsabilidade com o coração do próximo”.

Ainda segundo a nota, que pode ser lida na íntegra na página do vídeo no Youtube, “a música em si foi concebida em uma atmosfera muito íntima, e com a fita do teor dos tratamentos serem bem pessoais, decidimos disponibilizar a guia desse registro não-oficialmente, só pra quem se dispor a bem interpretar, e visitar com o sentimento o que achamos que deve ser passado. O que alimentamos no nosso senso”.

A captação das vozes foi feita pelo Dö, no estúdio Pura Rua.

Abaixo cê confere a letra e o download oficial da música:

Letra:

2013, século XXI. Terceiro milênio, novo.
Povo incrédulo, escravo em meio as trevas,
Nesse pólo, sol que me assola e me assolo nesse solo,
Só obra… Sobra cobra em pele de Eva.

Sem sereno, o terreno é ermo em meio ao mundo moderno.
Interno da ala enferma por morar no meio termo.
O interagir frio, faz de nós monstros de carne e osso,
Desacordado concorda, quando acorda, tá com a corda no pescoço… Osso.

Princípio destorcido se torna álgebra,
Fórmula à venda. Nó na venda impede o erguer da pálpebra e enxergar.
Sentir antes de pensar – tratamento.
(Mas) no momento, sanidade em coma num chão de lamento.

Sem sentimento, o esquecimento se engedra
Nessa selva de pedra, aço e cimento.
Vazio no corpo, olhar torto. Indiferença
De quem não se relaciona e coleciona desavença.

Condicionado a não observar, e sim, a ignorar.
Alguns até se comovem, mas não se movem pra mudar.
Pensa (em) quanto pesa a crença sobre a sentença.
Incoerente à existência, mirando a sobrevivência.

Procura alguém pra culpar, pretensiosa ignorância.
Ao endurecer, não vê na margem á imagem e semelhança.
Até onde alcança a visão (da) imunda mudança? Mundão.
Apocalipse… Eclipse… Descer pra baixo a noção. Ação!

Sob as correntes que me fazem ausente.
Lamentando o indiferente. Meio dia, Apollo abate a cria.
Ao perder o elo busca o amparo vazio.
A vida é um rio, irmão, não é a ilusão de bater o martelo.

Ri depois quem ainda chora pelos motivos certos.
O poder é a atenção, mas pelos motivos certos.
Uma hora o salão esvazia e a festa acaba,
E eu to lá… Todo mundo acorda são, e eu to lá…

Engorda de demônio os bicho solto, mar revolto.
Tira, torto o que conspira… Tiro uma briza nos outros.
Cara de ontem, motivo de monte a quem me vela.
É o jogo… Em alguma hora se volta pra cela…

E acho que ainda não entendo ao ponto de aceitar,
Só pode. Mas só sei que Ele volta pra me buscar.
E dá ânsia pensar em voltar. Tudo nada fez diferente.
Me ausentar… Minha mente anda escura demais pra habitar.

Não tá disposto a mudar e se ver fazendo o mal pra quem você ama,
E vice-versa, faz a interação matar nós.
Vários sente, eu to ligado. Não é ousado viver em função do sentimento.
Pelo menos não deveria.

O único fundamento – comunhão. Mas não.
Indiferença ao ego morto. A consciência não me ergue o corpo.
Mais um réu de alma ás avessas…
Cuspindo o fel sobre o céu que é de papel e a vida que vive com a cabeça.

DOWNLOAD OFICIAL

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