Junto com os versos a capella da inédita “Foi num baile black”, a OneRPM Sessions com o Mano Brown também apresentou um bate-papo, publicado pela Rolling Stone Brasil.
Mesmo em poucas palavras, o rapper conseguiu sintetizar bem sua opinião sobre os rolezinhos. “Colocam um shopping no meio de 300 favelas, põem tudo que tem do bom e do melhor lá dentro, eles querem o quê?”, questionou.
“A sociedade vai, chama a polícia. A polícia para na frente: ‘Preto de boné não entra’, olha para um preto: ‘É rolezinho, não pode entrar’. Dá pra meter 300 processos por dia nos caras por racismo”, afirmou. “Eu sou a favor dos moleques, tem mais que invadir mesmo. Vai fazer o quê, pedir para entrar? A porta está aberta. Você entra”, conclui.
Mas Mano Brown, no momento, não é só protestos e confrontações. Pelo contrário, ele prepara um disco solo bem diferente do estilo que marcou sua carreira no Racionais, uma produção inspirada na disco funk.
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Com a participação de Seu Jorge, o rapper diz ter alcançado uma química diferente. “Acredito que vá ser surpreendente”, arrisca.
Entretanto, é impossível ser Brown e não se envolver em polêmicas, mesmo que não queira. Antes mesmo da repercussão que os versos inéditos deram, ele já previa uma certa dificuldades em apresentar o seu “novo estilo”.
“Já é uma terceira geração do hip-hop que só ouve hip-hop… Não é fácil você resgatar o Marvin Gaye na terceira geração depois do Tupac”, afirma. “Mas acho que a tendência é ter uma volta a algumas coisas que foram esquecidas no passado.”
Vi na Rolling Stone Brasil.
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