KL Jay fala sobre atual momento do RAP Brasileiro: “estamos na melhor fase”

DJ KL Jay não é apenas um dos principais integrantes do Racionais e um dos principais DJs do Brasil, mas é também uma das mais atuantes e influentes vozes no Hip Hop Brasileiro.

E ele sabe disso, sabe da responsa que é ser quem ele é e ter alcançado o que alcançou. “Convivo [com o Hip Hop] 24h. Então, para mim, a minha parcela de responsabilidade é de 100%. Para o bem e para o mal. Se eu fizer merda, estarei dando o exemplo. Se eu acertar, estarei dando o exemplo”, comentou à Folha de S. Paulo.

Não há duvidas de que foram mais acertos do que erros. Não à toa, a cultura de rua conseguiu expandir e alcançar muito mais pessoas, levar muito mais cultura para quem precisa.

“Hoje, é encarado como coisa de gente grande. Como música. É um nicho que obteve o seu respeito. De gente competente, que faz música, produz show. Tem gente competente fazendo rap. Esses novos que estão surgindo vieram com a mentalidade próspera, para frente”, observou ele.

Voltando com força total em 2014, ainda mais após o novo CD do grupo e sua presença à frente da série “Estamos vivos”, o hip hopper enxerga o movimento em sua melhor fase, embora faça algumas ressalvas.

“O hip-hop no Brasil está na melhor fase e a tendência é melhorar”, afirmou. “Antes, a gente engatinhava. Aprendemos a andar. Agora temos que correr e dar voltas na pista. Aprender a correr e dar várias voltas na pista significa ter estrutura, ter dinheiro, ter rádio, programa de TV, entendeu? E infelizmente o país não ajuda. O país tem muitos problemas tributários, de dinheiro, de educação, de formação.”

Mas, como sempre, os integrantes da cultura tiram os problemas governamentais de letra e uma das principais inspirações pra tudo isso é o próprio Racionais.

“Vejo um lance espiritual, sinceramente. É uma missão que a gente veio cumprir. Racionais já estavam juntos 400 anos atrás. A gente se encontrou de novo para acabar de cumprir a missão”, explicou KL Jay. “O hip-hop trouxe muita autoestima. Tipo, a pessoa não para para tirar foto com você. Ela para para falar: ‘Obrigado, você mudou a minha vida. Sou tal pessoa hoje porque ouvi vocês 15 anos atrás.’ Então, é muito sério.”

Vi a entrevista na Folha de S. Paulo e recomendo que leiam ela completa.

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