Jotace Rhazec conta história da perda da mãe na música “Embriaguez”

Atualizado em 14/01/2014

Na última segunda-feira (11), Jotace Rhazec lançou a música “Embriaguez”, que contou com o instrumental dele mesmo.

Ao falar sobre crescer sem a mãe, o rapper toca num assunto delicado que, devido às circunstâncias, torna-se duas vezes mais emocional; ele não fala apenas na saudade e na tristeza da ausência, mas também na inconformabilidade de tê-la perdido por algo tão banal quanto o consumo de álcool.

“Ouvi esse Rap ontem e confesso que senti orgulho de ouvir Rap”, comentou Maltrapilho, do Terceira Safra, em seu perfil no Facebook. “Isso é Rap sem preocupação do flow mais foda,sem enfeite,sem frescura simplesmente Rap feito com o coração de verdade”, completou.

“Embriaguez” teve toda produção musical do Napoleão Cabalista e integrará o CD “Lírico&Laboral”.

Abaixo cê confere a letra da música:

Letra:

15 anos atrás, ultima vez que te vi,
Eu tinha 7, pivete, nada entendi .
Papai do céu te levou, e eu nem vi ,
Papai da terra, disse que tentou impedir.
Eu nem me despedi, Deus não deixa despedidas,
E também não deixou você continuar com as bebidas.
Quase virei ateu, nessas horas,
Não queria acreditar, nem que um Deus te levou embora.
Perdão Deus, por toda minha revolta,
Dias das Mães no cartão direto eu escrevia volta.
Inocência, coisa de criança , esperança,
A mesma que esperou você vim empurrar a balança. 
Cadê?, várias brincadeiras já perderam a graça,
Quem vai assoprar essa ferida pra vê se passa?
O barulho das taças no fim de ano pra brindar ,
Uma vai faltar , isso só me faz…

Dizem que tenho seu gênio, eu não acho isso ruim,
Alguns anos eu venho te conhecendo assim.
Me carregou 9 meses , só mais um motivo,
Pra eu te carregar enquanto estiver vivo.
Saudade , mais você quis assim , seja,
Servir de exemplo, para que muito (C)SER-VEJA.
Vacilona, não soube beber perdeu o caminho,
Pediu saideira , e me deixou bebendo sozinho!
Mas, dizem que quem bebe esquece oque faz,
Passa ano, passa mês, dessa Embriaguez não esqueço jamais.
Eu devia encher o copo, e afogar minhas magoas,
Mas meus olhos encheram primeiro d’água .
De vez em quando eu volto naquele bar,
Queria matar , o ultimo gole que conseguiu te matar.

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