Haikaiss, Shaw e Sandrão renunciam ao glamour do terno e gravata no clipe “Infame (Parte 2)”

Atualizado em 08/01/2016

Na última segunda-feira (1), o Haikaiss lançou o clipe da música inédita “Infame (Parte 2)”, dirigido por Renato Lucena e Luciano Maekawa.

Assim como na primeira parte, o grupo colou com participações mais do que especiais: ZRM e DonCesão foram substituídos por Shaw e Sandrão; no quarteto, saiu o Spinardi e chegou o Qualy.

A produção acima da média retrata a renúncia dos rappers ao glamour do terno e gravata e a adesão ao esforço diário da classe dos trabalhadores. A desvalorização do celebritismo pela visão de crescer como artista no aprendizado e na luta diária; melhor ainda quando se tem um integrante do RZO pra dar, literalmente, uma aula!

Faça o download oficial da música “Infame (Parte 2)”.

“Infame (Parte 2)” ainda conta com a produção musical do Neo Beats, a masterização do Áudio Fusion e a mixagem do próprio Qualy, que também chega nos scratches com o DJ Sleep.

Abaixo cê confere a letra da música:

Pedro Qualy :

Esse é o preço de quem compõe,
Quem dispõe à se acorrentar aos limites que próprio empoe.
Não sobra tempo pra quem supõe
SOU UM NAVEGANTE, UM PERSONAGEM DE CAMÕES.
Amor um mal que mata e não se vê,
mas sou tão vazio, que se eu morrer vai ser de frio.
Nem tudo é o que parecer ser,
Há de crer que eu vou precisar de mais isqueiro no pavio.
Versos, pra libertar em meio ao conflito
Já que o sangue não me deixa comovido.
Já que a luta é a favor da minha bandeira
sou um soldado que consagra mais um rap de trincheira.
Já que hoje o sol vai tá nascendo tarde
Já que meus heróis morreram em combate
Já que a luta é a favor da minha bandeira
sou um soldado que consagra mais um rap de trincheira.

(sax)

Shaw :

Meu mano eu ouvi o chamado
só que o meu dom é infame
cê junta com os aliados que nóis somado é o enxame.
Diferentes, o q temos em comum é unânime
pros manos que escolheram ser um MC ou um Dane-se.
Planos de
trazer mais progresso pros meu semelhantes.
Justiça pros guerreiros, futuro e pastos mais verdejantes.
Eu acho interessante,
note no meu semblante,
brindo aos meus irmãos, junto ao Qualy e Sandrão. É, o RAP é um mundo!
To junto pela coalizão.
Falar o que?
Porquê não está junto se até os “Paque stão”?
Tenho síndrome de sobrevivente,
da trincheira,
bem no front da libertação da mente.
Uns ficaram pelas beiras “até onti” muita gente. Faço o meu, não te perturbo,
aja reciprocamente.
Nós é ouro,
é que esse mundo nos trata tão porcamente,
se levante!
nesse mundo até a derrota mente.

(sax)

Sandrão :

Brigando com os algarismos,
por onde vamos.
Vai desenhando na tela digital que amamos.
Nada te impede, o que ?, que as coisas prossigam.
Nova era de ostentar passa imperceptível.
No quartel militar é o choque da taser.
“Céu azul, noite a dentro da madruga é a Blazer.”
Politica é ilusão, governo é conspiração.
O povo de preto, manifestação.
O Rap é a bola na gaveta, é a caixa, é o “BOOM”.
É o teste, é o “clik”, é o “Baque”.
Sem piripaque, microfone check
“Tá certo. Vou por os meninos pra trabalhar aqui fechou chefe?”
A rua é sua formação, bandidos beijam o chão
e nunca, nunca mais vão saber o que acontece.
E nada nos dominou, os loucos gritam “HOW”,
E TUDO SERÁ COMO SONHOU.

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