Haikaiss lança clipe da inédita “Célula do monstro”

Nesta segunda-feira (2), o Haikaiss lançou o clipe da música inédita “Célula do monstro”, dirigido por Roger Cora.

Sem aparecer nas imagens, o grupo questiona certos paradigmas sociais ao mostrar a história de um escritor que leva sua vida na tranquila entre os tragos e as ruas e um suposto pervertido otário ladrão que aparenta vagar pelas classes sociais mais altas.

Ao mesmo tempo que critica a determinação de caráter por classe social e/ou vestimenta, o clipe também parece sugerir, de forma bastante simples, como os(as) “grandes” violam os(as) “pequen@s” sem muitas vezes nem ser questionad@s.

“Célula do monstro” integra o CD “Fotografia de um instante”, que deve ser lançado ainda em 2014; a produção musical é do SPVIC, a masterização de Rafael Gomes e os scratches do DJ Sleep.

Abaixo cê confere a letra da música:

(Spvic)

Observai a nossa espécie em demasia
Quem sofria viu a via que podia, já não entendia o efeito 
em manter a mente e o corpo crias. De algo que vicia.
Se afastando do mais puro, enquanto consome, se atrofia
Sempre há um responsável em um placar que é revogável
Não me anulo nesse quadro em que eu sempre estive instável
Mentiram na estrutura. Não é loucura, é matemática!
Status quo? Teoria. Afasia, na prática
Conspiração da África. Verdade enigmática.
Além do Kane, das margens surgem poetas em suas fábricas
Busquei nos livros. Mas só aprendi quando me arrependi
Só se escreve em si é que tem validade
Pra viver até tarde, antes que estrague, sem ser covarde
Essa busca de sensações representa nossa vontade.
No inferno da cidade, com poucos anos de idade
Sendo parte da mudança contradigo a sua mensagem

(Spinardi)

Inverno quente, inocente, presente quieto 
Espaço interceptou, desmoralizou 
Como vou sem meus pés no concreto 
Nada por perto, digamos 
Passo na estrada apertada
Arruma e não arruma nada
Sorte não é pra todos destinada
Ansiedade é o que desprezo ao reservado a mim
Faço do trago um mago, se acalma o fardo, dispenso o fim do fim
Talvez tu explique o disfarce do aplique 
Tormento de brinde, o fato é o convite do piqui nique
Mostre-me o motivo desse espanto
Uma célula do monstro, eu canto forte pra esse canto
Não espere que eu te conte o segredo
Parça, não existe segredo se há intimidade com o medo
Se faço parte do enredo, meu Deus suplico, meu Deus suplico
Pois com você não preciso de documento 
A cadência de monstros vagam em cidades
Pois lábios contam mentiras, mas olhos contam verdades (contam verdades)

(Qualy)

Vários Dias e episódios , acumulação de ódios,
lotado em meu quarto módico 
Aqui não tem espaço pra pódio ,
Aqui não tem espaço pra dor, espaço pra psicológico ;
Eu moro na mente de alguns e a minha ainda , um lugar inóspito. /
As vezes eu me vejo tão são , quando me faltam alguns sentimentos
Ou eu nem tenha,
devo ter perdidos nos primeiros relacionamentos.
Mulheres que me querem tanto olhem diretamente pros meus olhos
e verás que eu consigo rapidamente transformar tesouros em tijolos. / 
Ainda que eu seje tão intrépido,
na vida todo dia eu trepido.
Cada dia que se passa é um século 
não caio porque nunca fui incrédulo.
Me diga : O que me vem escondido atrás da medalha de honra ao mérito ?
CONFORTO, a ponto de fazer um compositor deixar de ser inquieto, nada discreto. /
Mano, a se eles soubessem 
o preço que se paga por achar que está sempre certo, não precisar de ninguém por perto.
Mas antes que eu me acomode mais,
ontem eu citei benefícios 
hoje é dia de citar apenas sobre os feitos colaterais

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