A polêmica entre as autoridades e os grafiteiros ainda é muito grande em São Paulo, tendo várias artes, até dos mundialmente aclamados Os Gêmeos, sido apagadas sem qualquer aviso aos artistas ou consulta à população.
Entretanto, como mostrou a BBC Brasil, alguns projetos têm se destacado na cidade não apenas pela sua beleza estética, mas por terem conseguido autorização para serem criados e, dessa maneira, não dependerem tanto da boa vontade da prefeitura para se manterem vivos:
- Subtu, Thiago Mundano e Fel participaram de um edital da prefeitura e com a ajuda alugaram uma plataforma aérea e trabalharam em 15 obras de 15 metros de altura, no conjunto habitacional do Parque do Gato, no Bom Retiro, região central de São Paulo. Os artistas pretendem levar o projeto para outros conjuntos habitacionais, inclusive um na Água Branca;
- Depois de uma detenção, um grupo de 16 artistas, formado por Chivitz, Binho Ribeiro, Minhau, Akeni e outros, montou um projeto para que pudessem criar sem serem enquadrados. Com tudo viabilizado perante a Secretaria Estadual da Cultura, ao Metrô e à Prefeitura, eles criaram o Museu Aberto de Arte Urbana e grafitam as pilastras dos dois lados do elevado entre duas estações de metrô;
- Um encontro de grafite promovido pelo Centro Cultural da Juventude, com a curadoria do grafiteiro Bonga, deu novas cores a uma parte dos muros do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha;
- Grafitando cenas da São Paulo de outros tempos, Kobra espalhou pela cidade seu projeto “Muros das Memórias”. Na Igreja do Calvário, em Pinheiros, ele fez dois murais coloridos, um mostrando o Monumento às Bandeiras e o outro, o viaduto Santa Ifigênia.
– Confira a matéria completa e algumas imagens dos Grafites.
Não só a cidade de São Paulo promove pouco a cultura de rua de forma oficial, como mostra ainda muito pouco tato com os eventos/obras criados pelo seu próprio povo, como mostra melhor o filme “Cidade Cinza”, que terá o Criolo na trilha sonora.
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