Com pai Emicida e mãe Flora Matos, Flow apresenta seu “Quartinho Obscuro”

Atualizado em 07/01/2016

RAP é compromisso, mas fazer clipe foda também é! Quando escutei a mixtape do Flow, a primeira coisa que eu destaquei foi “Quartinho Obscuro“. Pra mim, era “A” música do cd e marcaria o rapper pro resto da carreira.

Primeiro, a ideia é incrível. Muitos rappers (e artistas no geral) destacam o seu quarto como sendo o “laboratório”. Mas, nunca tinha ouvido alguém retratar esse “laboratório” de forma tão detalhada. E a gente passa a perceber que nem mesmo os rappers escapam das obrigações caseiras.

Segundo, o humor. A pegada de fazer algo mais puxado pra piada é legal porque a pessoa se sente bem ao ouvir a parada. Sem contar que quando você ouve e imagina as cenas, meu, dá pra rir de verdade.

Aí cê pega essas duas peculiaridades e soma com o flow da hora em cima de uma batida diferenciada e a capacidade do Flow em narrar de forma interessante algo cotidiano como um quarto sujo.

Conjunto da obra? Foda!

Com direção de Jay P. Galardinovic, o clipe de “Quartinho Obscuro” é, no mínimo, tão bom quanto a música. Se o teaser prometia algo com muito humor, a promessa foi cumprida.

E o humor, já retratado na música, não está sozinho. O clipe tem história, tem atores de responsa e tem um complemento bom, no qual a música não prejudica o fato de ver o vídeo e o vídeo não prejudica a audição da música.

Em meio à bagunça esperada no quarto, rola todo um cenário paralelo, com direito a show de RAP e festa. Sobrou até pro armário meio “Crônicas de Nárnia” fazer a ponte entre o quartinho e o obscuro.

E sim, atores de responsa. Pois quando você é supostamente filho da Flora Matos e do Emicida, a coisa começa a ficar séria. Aliás, ótima escolha e ótima maneira de colocá-los pra atuar. A fala da Flora, “RAP é compromisso, mas lavar a louça também é“, não vai ser esquecida tão facilmente.

Se o Flow vinha produzindo vídeos em “alta quantidade”, agora ele entrou sério na “alta qualidade”. Não que os outros não eram bons, mas eram mais na pegada de webvideos, enquanto este seria um clipe. E um clipe de respeito!

Simplesmente, “sensaFLOWnal”.

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