Na última terça-feira (4), Marshall “Eddie” Conway, ex-integrante do Panteras Negras, foi libertado após mais de 43 anos de prisão.
Em 1970, ele havia sido condenado à prisão perpétua por assassinar um policial e ferir outro, crimes pelos quais se dizia inocente.
Em 2012, a Corte de Apelações de Maryland decidiu rever casos anteriores a 1980; o motivo: as instruções dadas ao juri na época eram inconstitucionais.
Por exemplo, em um caso em que a acusação era obrigada a provar a culpa do réu de forma indubitável, a instrução pros integrantes do juri era de que eles podiam esquecer isso e tomar a decisão por conta própria.
Para o caso de Conway ainda outros dois fatores pesavam: a perseguição do programa de contrainteligência (COINTELPRO) que ficou conhecido por quebrar inúmeras leis civis e, segundo o advogado de defesa ao Democracy Now!, o juri não sabia da existência de um programa para neutralizar os Panteras Negras, ou seja, não poderia julgar com clareza se a acusação era válida ou apenas arranjada como parte do programa.
Na prisão, Eddie não deixou seu lado político. Montou o programa “Friend of a Friend” (“Amigo de um amigo”, na tradução livre) para auxiliar jovens, normalmente membros de gangues, a resolver conflitos e ajudou também a montar uma biblioteca para os presos.
Inúmeros outros acusados da época também foram soltos após as revisões.
Vi no Democracy Now!.
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