Atualizado em 06/01/2014
Na última quarta-feira (24), o site da revista Fórum publicou a entrevista com o Emicida que integrou a edição de junho do periódico e trouxe o rapper na capa.
A entrevista aconteceu durante o pré-lançamento do clipe “Crisântemo”, na ocupação Mauá, em São Paulo, que teve até telão de cinema e contou com a participação dos moradores locais, que também participaram das filmagens.
Em uma hora de conversa, o rapper comentou sobre o novo clipe, o novo CD, a discussão entre o Lobão e o Racionais, a origem da sua música, as misturas de estilos, etc.
Em meio a várias respostas que, embora mais completas, já são conhecidas pra quem acompanha a sua carreira, destacou-se uma declaração do rapper sobre o papel do RAP como contestador. Emicida começou falando sobre a ditadura da comunicação, na qual os veículos de grande porte “fazem o que bem entendem em relação à comunicação”, para mostrar a importância de seu papel e de seus colegas (os rappers) na difusão da informação em favor das minorias.
“Eu conheço muitos artistas, hoje eu circulo no mainstream, e é muito louco ver quantos artistas chegam em mim e falam: ‘Porra meu, você falou o que precisava ser dito'”, contou. “Quando ele sobe e tem a oportunidade de falar para mais pessoas do que eu falo, não faz isso. No fim das contas, o trabalho sujo sempre sobra para o rap. A gente acaba vestindo essa camisa e comprando as brigas, mesmo. É impressionante como o hip-hop, principalmente na América Latina, se tornou um movimento social”, defendeu.
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