Emicida lança “9 círculos”, música inédita para a trilha sonora do jogo Max Payne 3

Atualizado em 10/05/2020

São Paulo está representada! Além de “I Love Quebrada“, “Avua Besouro” e “Sorriso Favela“, já lançadas, Emicida também compôs música “9 círculos“, especialmente feita para a trilha sonora do jogo Max Payne 3. A produção é de Casp e Nave.

Que o rapper faria parte da trilha sonora do jogo, você já havia visto aqui no blog. Que ele lançaria um som inédito para isso, também. Mas agora, cada vez mais perto do lançamento, o mistério envolvendo a ambientação musical paulistana dada a Max Payne 3 vai tomando uma forma mais concreta. A missão de salvar a moça indefesa ficará muito mais fácil tendo no ouvido sons como “I Love Quebrada“, “Avua Besouro” e “Sorriso Favela“, além da novíssima “9 círculos

É um choque de adrenalina! Ao controle do personagem principal da trama, eu com certeza atiraria mais pesado se ouvisse “A nóiz cabe odiar inimigos do povo. Viu, Kassab?!“. Com um flow incrível, que fica muito mais pro lado empolgante da brincadeira do que indiscernível, “9 círculos” é uma das mais fodas das últimas músicas lançadas pelo Emicida. E, sem dúvida, juntar dois mestres como Casp e Nave pra fazer uma base que grita brasileiridade ajuda muito a atingir tal qualidade.

O rapper diz que a letra é um texto bem cru sobre a realidade das ruas e, como não poderia deixar de ser, é inspirada em São Paulo. Afinal, se Max Payne 3 terá seu enredo desenvolvido na cidade, nada mais justo que uma de suas músicas tenha uma crítica explícita ao “alto poder”, tão criticado no dia a dia pela sua péssima condução.

Abaixo cês conferem a letra:

Letra: (Fonte: Emicida.com)

Parece crack (crack!), mas é só insegurança
Fui nessa, com a peça, os bico gansa
Estressa, é claro, cansa
Whisky, neon, pouca luz, ela dança
Ae, to eu e meus demônios como sempre (os de sempre!)
O cigarro, uma da quente
Sem fé, tudo que fala, mente
Fundo do poço, osso. Dono da dor, sente
Amor busquei tipo samba dolente
A luz camba, perna bamba, dependente
Uma cruz no plexo, reflexo deprimente
Por entre os dedos a vida ia, pique água da pia
Fria, ave maria, mano
Um ser humano, estado desumano, zoado, mano
Qual orixá me passa um pano?
2012 é o mundo se acabando e foda-se!

Avisem que o céu está ruindo
O que é pior: chegar no fundo ou continuar caindo?

Quantos infernos cruzei, passei
Sem anjos pra cantar
Quanto mar atravessei, segui
Sem luz pra guiar!
Ouvindo só clic-clack-click-clack boom…

Polícia aqui mata mais que Tuskgee
Assassinos free, povo calmo como Kenny G
Gueto tipo Ndee
Bico treme se ve que ainda somos Public Enemy
É 1, 2 pra explodir, pique Do-Ré-Mi
E boom, cabou, sem zoom de câmera, ow
Da câmara, dor
É o que chega pra nóiz, quebrada
É bomba de efeito moral de quem não tem moral pra falar nada
Coturnos escuros, soturnos futuros
Me enturmo nos muros, me enfurno e juro que vou cobrar com juros
Sou jogo duro, sem furo, puro, apuro, não aturo
Seguro, eu me curo contra os ideal obscuro do governo, ãhn
Cartel ou clã, meu papel é ensina o povo a dizer: ahn-ahn
Sem abrir pernas como quem dança can-can
A nóiz cabe odiar inimigos do povo. Viu, Kassab?!

Queimam favelas, controlam a mídia e distorcem informação
Seu mandato tem dias contados, nossa luta não!

Quantos infernos cruzei, passei
Sem anjos pra cantar!
Quanto mar atravessei, segui
Sem luz pra guiar!
Ouvindo só clic-clack-click-clack boom…

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