Na última quarta-feira (19), o Centro Cultural de São Paulo deu detalhes de uma visita do Emicida à Discoteca Oneyda Alvarenga.
Filho de DJ e fã assumido dos vinis, o rapper parecia em casa em meio ao acervo de dezenas de milhares de discos. Mesmo assim, assumiu a difícil tarefa de escolher alguns preferidos (lista abaixo).
Além de Adoniran e Cartola, tão citados em suas letras, Emicida também selecionou obras de Wilson Simonal, Jorge Ben, Elis Regina, Clara Nunes, que ele já homenageou junto com Aline Calixto, entre outros.
“Tem uma coisa que eu costumo dizer que é bem bacana. ‘Pra gente entender pra onde a gente tem que ir, é muito importante que a gente saiba de onde a gente partiu’. E não tem nada melhor pra saber de onde a gente partiu do que tá em contato com a nossa história sendo contada por essas pessoas, que contaram a nossa história de uma maneira muito sincera”, conta ele.
“No último disco, eu falo sobre isso em uma música [referência à música Ubuntu Fristaili]. ‘Eles não vão entender que os nossos livros de história foram discos’. E eu acho que é sobre isso que a gente tá falando. Aqui a gente tem uma parte muito importante da história do povo brasileiro que infelizmente não adentrou os livros da maneira que deveria, mas na música adentrou”, conclui.
Para deixar ainda mais bacana essa passagem do rapper, o Centro Cultural disponibilizou o áudio da entrevista na íntegra, no qual você descobre o porquê de cada escolha (ouça aqui).
Lista dos discos escolhidos:
D-8506 – Quero – Elis Regina – Falso Brilhante
D-17801 – Lamento – Jacob Bandolim – Este homem é um poema
D-327 – Canto das três raças – Clara Nunes – Clara
D-11074 – Sá Marina – W.Simonal – Alegria, Alegria – V.2
D-6900 – Despejo na Favela – Adoniran – Adoniran Barbosa
D-10460 – Santuário do Morro – J.Rodrigues – Dois na Bossa
D-0188 – Sala de Recepção – Cartola – Cartola
D-500 – O home da gravata
Florida – Jorge Benjor – Tábua de Esmeralda
D-19430 – Without your Love – Bilie Holliday – Gigantes do Jazz
CDC-590 – Praça Clóvis – Paulo Vanzolini
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