Na última quarta-feira (20), foi publicado no Youtube um vídeo em que Eduardo, ex-Facção Central, responde o que acha sobre o Funk, mas, principalmente, sobre a ostentação na música, independente do gênero.
O rapper, que recentemente recusou convite do “Programa do Jô”, costuma dar várias palestras e essa deve ter sido mais uma na quebrada.
“Quando o conteúdo da letra não é positivo pra periferia, ele é prejudicial. Então, quando você tem uma música que trata a mulher como objeto sexual, que desperta sexualidade nas crianças de maneira precoce, não é positivo. Quando você tem um estilo musical que ele ostenta, que ele te induz a consumir dentro de um contexto social de privação completa, onde você passa fome, onde você só tem acesso a bens de consumo através da criminalidade, é prejudicial”, comentou ele, que debate muito dessas temáticas no seu livro, “A guerra não declarada na visão de um favelado“.
Eduardo é um profundo conhecedor das favelas e do contexto social dos seus moradores, seja por vivência, seja pelas palestras, debates e o contato do dia a dia. Assim, conhecendo bem a situação atual, principalmente dos jovens com os quais conversa na Fundação CASA, o rapper manda uma mensagem aos compositores.
“Aquele cara que tá escrevendo a música, ele tem que ter muita responsabilidade porque o microfone é poderoso. Dependendo daquilo que você escreve, você pode ou ajudar seu povo como também destruir”, afirma. “Mostrar outros valores, justamente o que nós falamos aqui o tempo todo. Muito mais valioso que bens materiais é o amor, é a família, é o respeito, é a liberdade”, completa.
Vi o vídeo no Blog Macacos Me Mordam.
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