Chamado de “filho brasileiro de Luther King”, Dexter fala sobre salvação pelo RAP: “grito para os excluídos”

Atualizado em 06/01/2014

Na última quinta-feira (18), a revista Fórum disponibilizou entrevista com Dexter, que esteve na edição 122 do periódico, lançada em maio de 2013.

Com o título “O filho brasileiro de Luther King” – em referência a Martin Luther King Jr. e seu filho Dexter, no qual o rapper se inspirou para sua alcunha – a entrevista fala sobre a carreira de Dexter no RAP, desde quando ainda era fã até sobre o show realizado em abril, que celebrou 2 anos de liberdade.

“Também tenho visitado presídios em outros estados, infelizmente o que continua igual são os nossos problemas, parece que a sociedade nem saiu do lugar”, comentou ele. O rapper faz parte do projeto “Como vai seu mundo”, que leva cultura aos presídios e dá uma nova perspectiva aos detentos, ajudando na ressocialização.

Entretanto, o foco da entrevista era mostrar um pouco mais do sistema judiciário e das penitenciárias do nosso país, visto que o tema da edição era a rejeição da redução da maioridade penal, sob o título “Porque não 16”. Dexter explicou que entrou para o crime para conseguir dinheiro para lançar um CD, ficou seduzido pelo estilo de vida e foi salvo na cadeia, pelo próprio RAP, quando percebeu que este poderia dar tudo que ele precisava.

Hoje, mesmo muitas vezes acusado de fazer músicas violentas e apologia ao crime, o rapper percorre o país com seus versos e projetos, levando, no mínimo, horas de reflexão para os que precisam.

“Fazer apologia ao crime é cantar a favor ou para os políticos de nosso país. Isso eu não faço. Se existem pessoas que estão apodrecendo nas prisões, em condições subumanas, é porque o Estado é falho, é outra fita, alguém tem de denunciar isso”, explicou. “Falam que faço música para marginal, faço sim, também sou marginal, vivo à margem da sociedade, por isso. O rap é isso, um grito para os excluídos”, concluiu.

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