Daniel Garnet & PeqnoH lançam música “A rua”

Atualizado em 03/07/2014

Na última quarta-feira (25), Daniel Garnet e Peqnoh lançaram a música “A rua”, que contou com a produção musical do Coyote Beats.

Os rappers levam o público pra fora de suas casas e apresentam a parte mais tensa do lado de fora. Não é exatamente sobre ruas em si, mas mais sobre viver à margem e enfrentar as dificuldades que a “desproteção” destas acarretam.

Faça o download oficial da música “A rua”.

A produção geral é do Pegada de Gigante.

Abaixo cê confere a letra da música:

VERSO 1- PEQNOH

Na rua onde gente vive
A gente assiste
Gente triste
Onde para muita gente
essa gente não existe

É onde ninguém olha
Por quem sente fome
Onde menino de 11
vive mais que muito homem

Nos bares vendo os vacilos
Os olhares são sempre frios
Onde se conhece lugares cheios
de seres vazios

Perdidos estão
Buscando direção
Uma grande legião
Vagando sem ter visão

Onde o asfalto é selvagem
E os corações são de pedra
Onde uma viagem
Não tem destino e nem regras

É preciso malandragem
Pra se esquivar dos carniças
Onde lei não tem nada a ver
Com justiça

Onde saudade é aparente
E maldade é a ira
Onde família não é parente
E “também morre quem atira”

Onde caçador vira caça
Vira-lata vira de raça
Pancada estilhaça a vidraça
Se ver nego correr

Onde os alarmes disparam
Janelas se escancaram
É onde os sonhos brotaram
E onde podem acontecer

Onde cê pode correr ou morrer
Correr e viver
Ganhar a vida e não se perder

(REFRÃO)
É a rua
Escola sem professor
Onde se entende o amor
E a essência da dor
É a rua
Terror a todo vapor
Temos o mesmo valor
Temos o mesmo rancor
É a rua
Lâmina fria e cortante
Identifica o inimigo 
que não está tão distante
Avante
Meu semelhante
Na luta nunca desista
Resista
Ponto de vista
Terrorista e meliante

VERSO 2 – DANIEL GARNET

Na onde gente nasce
Gente cresce, gente morre
Onde indigente adoece de porre
Onde criança não dorme porque tá com fome
Convivendo com a overdose da droga que consome

Ninguém se comove, tem quem se conforme
Conforme comum essa cena se torne
Se teletransporte e conte com a sorte
Pra morte não trombar você no próximo poste

Na rua várias fitas ocorrem
Poucos vivem, alguns sobrevivem, muitos morrem
A maior parte dos que partem são negros jovens
Por eles não há quem olhe, não há quem olhe
No i can’t, sorry

Corrida pela vida na avenida muitos correm
Em meio a tanta gente, uns perseguem e outros fogem
Uns correm da polícia, outros perseguem bandidos
Uns fogem da realidade perseguindo os seus mitos

Não importa os tipos de fugas e perseguições
Perseguimos sonhos fugindo de frustações
Na rua é preciso ser preciso na esquiva dos obstáculos
Seguir em frente apesar dos semáforos…

(REFRÃO)
É a rua
Escola sem professor
Onde se entende o amor
E a essência da dor
É a rua
Terror a todo vapor
Temos o mesmo valor
Temos o mesmo rancor
É a rua
Lâmina fria e cortante
Identifica o inimigo 
que não está tão distante
Avante
Meu semelhante
Na luta nunca desista
Resista
Ponto de vista
Terrorista e meliante.

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