Assista ao bate-papo de lançamento do curta “Duas de Cinco/Cóccix-ência”, do Criolo

Nesta terça-feira (18), Criolo e o diretor Cisma bateram um papo com o público e o jornalista Marcus Preto sobre o lançamento do curta-metragem “Duas de Cinco/Cóccix-ência”.

A transmissão começa com a exibição do trabalho, que teve duração de quase 10 minutos; os clipes chegam a ser separados, mas apenas por transições marcantes e inscrições.

Leia mais:
– Criolo lança curta “Duas de Cinco/Cóccix-ência” e projeta periferias em 2044;
– Criolo lança single com músicas “Duas de cinco” e “Coccix-ência”;
– Criolo divulga vídeo do lançamento do “Duas de cinco” em São Paulo.

Em quase 50 minutos de conversa, a dupla revelou vários detalhes sobre a produção e toda dificuldade que foi tirar algo tão grandioso do papel, como conta o diretor:

A ideia bateu nos primeiros minutos de conversa. A única coisa que tava difícil de ser resolvida era como realizar isso, porque é muito ambicioso. […] A música veio antes, sempre. A gente mobilizou uma galera; esse clipe é totalmente colaborativo. Diretor de arte, figurino, fotógrafo, galera de produção, a galera da pós-produção, todo mundo trabalhou de graça. Todo mundo trabalhou porque tava a fim. […] O Criolo atrai esse tipo de pessoas ao redor dele, consciente ou inconscientemente.

Embora o curta tenha todo um ar futurista com impressoras 3D de produção extremamente avançada e drones, ele não foi feito pra ser uma previsão do futuro.

“O pessimismo do clipe, como ele é no futuro, ele serve de alerta. Se a gente pensar um futuro lindo e maravilhoso, as coisas continuam como estão. A ideia do clipe é realmente mudança”, disse Cisma. Mais tarde, em resposta a uma pergunta do público, Criolo completou essa ideia: “Com certeza é possível [mudar o quadro para o nosso 2044]; absolutamente. Mas quem manda no planeta, tem que querer isso. […] Eu não perdi a esperança; a gente não perdeu a esperança, senão a gente não fazia mais nada.”

Quando perguntados sobre a escolha de projetar o futuro para tratar de problemas sociais, o rapper respondeu não só à questão do curta, mas a angústias que vivemos nos dias de hoje como sociedade.

“Pra muitas pessoas, tem que jogar uma bomba em cada favela e acabar tudo. Mas, tem futuro pra gente também. Só que, infelizmente, por mais que a gente lute a vida toda, ele não está em nossas mãos. […] A tecnologia é um universo vasto, mas cada vez mais a gente vai esquecendo do humano”, analisou ele.

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