Na última sexta-feira (10), o Avante o Coletivo lançou a música “M.I.O.J.O”, que contou com a produção musical de Lucas Canielli & Estrondo Beats.
Em tempo de hits passageiros e “modinhas”, o grupo faz uma crítica direta à instantaneidade das coisas, pois estas acabam se tornando passageiras e supostamente não acrescentam em nada às nossas vidas.
“M.I.O.J.O” integra o novo CD do grupo, “Avulso”, que possui esse nome por ter suas músicas lançadas de forma avulsa; sem previsão concreta, o disco só será lançado depois que o último som sair.
De acordo com o Noisey, “Avulso” terá as participações de “DonCesão (que estará no próximo single a ser lançado), Jamés Ventura, Mato Seco e muito mais”. Aliás, a participação do primeiro já ganhou até um teaser em forma de vídeo.
Vi no Noisey.
Abaixo cê confere a letra e o download da música:
Letra:
O mundo gira o tempo passa
O ponteiro não para
A camelada é longe, você vai jogar a toalha?
Quer ir à guerra armada com medo de navalha
Algo instantâneo é Nissin Lámem, mas fome não mata
Relógio eu comprei na barraca
O ponteiro travou, mas o tempo não para
Só quem camelou, transpirou tem odor
Eu tenho dó daquele que estagnou
Na city, no break, se não trampa não vence
Talvez a new chance nem chegue
No muro inseguro inimigo adoro
Click pângua tombo
O tempo não jogue no vento
Pensou e não fez passou lento
O passo pra frente é o talento
Equilíbrio, visão, Anastácia, um templo
Receitas elementar visionar
Sustância requer tempo
E o instantâneo
Em três está pronto
Sabor artificial
Modernidade que afeta essa era digital
Ninguém espera e quando espera é fast-food
No preparo do M.I.O.J.O, erra, o time vira um grude, não nutre!
Na guerra se usa o dobro da força
Sem resistência, pescoço é na forca
Na linha de frente só monstro e não mosca
Click, pan-guá
Sem vitamina carcaça que arria
Quem vive de vento é bexiga
Os meninos têm sede e precisa
De muita energia!
O mundo gira o tempo passa
O ponteiro não para
A camelada é longe, você vai jogar a toalha?
Quer ir à guerra armada com medo de navalha
Algo instantâneo é Nissin Lámem, mas fome não mata
As areias passam o mundo se acaba
Mesmo que desvire a ampulheta
São várias fases que marcam a face
O tempo sem pressa é cruel com certeza
Sem saber quanto deles que temos
Se tão pouco ou tão grande é a vida
Experiência não é os anos que passam
E sim os seus passos dados na corrida
Se bem antes de antigamente
Cronologicamente falando
O tempo era um Deus parecido com Zeus
Conhecido de Caíros e chamado de Cronos
E pra muito o tempo é dinheiro
Cuidado que a pressa estraga seus planos
Se pudesse voltava no tempo
Porque o futuro está triste, meu mano
Não há tempo pra perca de tempo
O momento é tens,o eu entendo
Cada segundo somado é um minuto
E cada minuto é o tempo que tenho
Sua falta nos causa neurose
São Paulo overdose de gente estressada
Cidade que para por pane
Que mata quem não para por nada
Na guerra na luta batalha
Sem jogar toalha desistência é falha
Guerreiro que é verdadeiro
Não cede terreiro é avante que marcha
Mantendo a mente alinhada que a vida se acaba
E quem sabe da sua hora é Deus
Não se antecipe na pressa
Que a vida é o que resta com que você viveu
O mundo gira o tempo passa
O ponteiro não para
A camelada é longe, você vai jogar a toalha?
Quer ir à guerra armada com medo de navalha
Algo instantâneo é Nissin Lámem, mas fome não mata
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