Atualizado em 07/01/2016
Em Abre alas, Marcelo D2 fala um pouco da sua vida no RAP e de quebra do próprio momento do RAP. Momento este que ele está prestes a fazer ainda mais parte, com seu novo cd.
D2 já é um nome consagrado na música Brasileira e o seu novo cd é muito esperado. O “abre alas” é mais um convite à preparação, pra geral se preparar que tá vindo muita coisa nova e boa por aí.
Se já não soubéssemos que será a faixa 11 do cd “Nada pode me parar”, diria que a música ficaria bem encaixada no início do mesmo. A verdade é que as alas já estão escancaradas e o RAP passou. Passou não, porque ele veio pra ficar!
Sobre a produção do Papatinho é difícil falar exatamente algo, pois não sei se a versão apresentada é a versão dele mesmo ou se é a “versão banda”, como foi feito com a apresentação de Dedo na Ferida, do Emicida. De qualquer jeito, a qualidade do beatmaker é inquestionável; um dos melhores do Brasil.
Abaixo cê confere a letra do som:
Letra: (Achou um erro? Comente e ajude-nos a corrigi-lo!)
Pra quem trabalha desde os 13, nunca recorreu ao 12
Dá valor ao que conquista, não vai querer viver de pose
Eu faço RAP do Rio, cumpadi, que tem coragem
Terra de Samba, de bamba, no meio é a malandragem
É sem patrão, falsidade, pra viver de verdade
Dei meu sangue por isso. Queira ou não, fiz minha parte
Foda-se o seu blog, meu nome tá na cidade
Minha rima na voz do povo, *
Que sabe que faço resistência a toda essa mentira
Porque nunca fui padrão, eu trago a alternativa
De sonho até real, de extâse ou de dor
Que dá pra falar de ódio, mas dá pra falar de amor
O dom é a vida que dá e dá pode acreditar
Às vezes palavras tortas, às vezes laia-laia
Eu tenho a alma de um lanceiro, que nunca se entregou
Bandeiras erguidas, mãos pro alto que a gente chegou
Abre alas pra minha folia
Está chegando a hora
Abre alas pra minha bandeira
Está chegando a hora
(x2)
Um bom malandro sempre tem os amigos por sua volta
Família? Toma conta que assim nunca toma falta
Então, cê pode pensar, sem ser tenso na escolha
De ter uma arte na cabeça até o muro que tu escolta
Nem sempre foi assim, mas tu já viu minha arte na rua
Tua mina ouve meu RAP e cada um na sua
Calça larga ou skinny jeans, um boné e um tênis
Sem vergonha de ser do gueto, fechando as correntes
Já plantamos as sementes, hoje colhemos conquistas
Ouvir um som sair da rua pro rádio, pra pista
Tá mole, temo revista, tamo forte no jogo
Minha luta, minha história, minha glória, meu povo
Não é replay, como manda o rei, de novo
Eu já falei que a minha família toca fogo
Eu sou * e não posso negar
E nem vou, oh, abre alas que eu quero passar
Abre alas pra minha folia
Está chegando a hora
Abre alas pra minha bandeira
Está chegando a hora
(x2)
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