Seu Jorge relembra seus tempos de Planet Hemp: “Marcelo era o nosso líder no Rio de Janeiro”

Atualizado em 09/01/2016

Boa parte do mundo hoje conhece a obra do Seu Jorge, mas nem sempre foi assim. Quando deixou o Farofa Carioca, no final dos anos 90, o músico precisava tirar uma grana e ganhar bagagem na estrada; juntou-se ao Planet Hemp.

Percursionista da banda no início dos anos 2000, ele lembra com muito carinho da época e recorda ter aprendido muito com aquele momento.

“O Planet Hemp naquele momento, no Brasil, era diferente de tudo. Era realmente diferente de tudo: na temática, na postura, no comportamento individual e coletivo”, contou ele ao Projeto Studio 62. “Marcelo [D2] era o nosso líder no Rio de Janeiro e no País; já tava no País muito forte. Pelas posturas, pela atitude, pelo Rock.”

Não à toa, Seu Jorge enxerga uma importância muito grande do grupo de Marcelo D2, B-Negão, Black Alien, Zegon, entre outros, na própria música brasileira.

“Na minha opinião, é uma das bandas mais importantes da cena brasileira de todos os tempos porque bate na cabeça da turma mesmo com as temáticas que não só correspondiam à maconha, à legalização, mas a toda hipocrisia em torno, todas condições de mazela também, a situação da violência. Então, tinha muitos assuntos pontuais ali”, completou.

Hoje, a ligação do Seu Jorge com o RAP é ainda mais próxima. Além de gravar com o Edi Rock o hino “That’s my way”, ele costuma cantar músicas do Racionais em seus shows e chamou o grupo para o seu DVD. Ele também já participou do DVD e de vários shows com o Dexter e com o próprio D2 deverá embarcar num projeto que ainda terá Marcelo Yuka.

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