A poucos dias de completarmos 50 anos do golpe de Estado que culminaria numa Ditadura que duraria em torno de 21 anos, existem certos pontos a serem refletidos e lições a serem aprendidas.
O cientista político Antonio Lassance escreveu em sua coluna no site da Carta Maior as “sete lições que já deveríamos ter aprendido sobre o golpe de 1964 e sua ditadura”.
Entre ideias reforçadas, como de que foi a “pior de todas ditaduras” e que não foi uma revolução como muitos gostam de dizer, mas sim “um golpe e ditadura”, há pontos que pouca gente sabe ou já parou pra pensar.
Por exemplo, chamá-la de “ditadura militar” é um erro, visto que o golpismo tinha “partidos direitosos; veículos de imprensa agressivos; empresários com ódio de sindicatos; fazendeiros armados contra Ligas Camponesas, religiosos anticomunistas. Todos tão ou mais golpistas que os militares”.
Outro ponto que chama a atenção é o da corrupção. Embora defensores da volta de tal ditadura aleguem que não teríamos tanta corrupção como temos hoje, Lassance ressalta que ditaduras são “regimes corruptos por excelência”, afinal, não permitem controle e seus líderes “podem tudo”.
Pra completar sua afirmação, ele relembra os casos da Capemi, das obras ditas faraônicas (“o paraíso do superfaturamento”), do caso Lutfalla (“envolvendo o ex-governador Paulo Maluf, aliás, ele próprio uma criação da ditadura”) e o escândalo da Mandioca.
Antonio Lassance completa sua lista de lições com os resquícios da Ditadura de 1964 nos dias de hoje, tanto concretamente quanto na nossa memória. A existência de uma polícia militar que “segue regulamentos criados pela ditadura” e que tortura, como no caso do Amarildo, mostra que uma parte do autoritarismo ainda está vivo.
Há também quem a classifica como uma “ditadura branda” por terem existido ditaduras “piores” até na própria América do Sul. Independente da intensidade de outros regimes, nunca se pode amenizar um que tortura, assassina, estupra, e comete tantas outras gravidades.
Por fim, o autor afirma que “já passou da hora de parar com as homenagens oficiais de comemoração ao golpe”. Embora ele ressalte principalmente a presença de algumas juntas como presidentes da república em documentos oficiais, aqui gostaria de complementar com outro ponto.
Ainda existem inúmeras instituições nomeadas em homenagem a ditadores; muitos daqueles que lutaram diretamente contra a ditadura ainda são considerados como terroristas ou nem são lembrados quando a história é passada adiante nas escolas.
É fato que uma escola no Rio de Janeiro mudou seu nome de Costa e Silva para Abdias do Nascimento e uma outra na Bahia de Médici para Marighella, mas é estranho que elas ainda tenham durado quase 3 décadas após o fim da própria ditadura (pior, as homenagens aos ditadores podem ter sido feitas pós-regime).
Sem contar os pedidos pelo retorno da mesma que vimos de forma tão clara durante os protestos em junho do ano passado e ainda vemos nos dias de hoje.
Leia a matéria completa no site da Carta Maior e confira todas lições.
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abaixo o comunismo;viva a democracia