Atualizado em 09/01/2016
Quem sabe, faz ao vivo!
Por ser uma gravação ao vivo, poderia se esperar um som ruim ou inaudível pelos gritos do público, mas a equipe da Rua do Flow foi bem preparada para o acontecido e o resultado foi bastante satisfatório.
Dá pra ouvir os versos muito bem, a batida também e ainda deu pra pegar a aprovação do público com os gritos, após o verso ter acabado.
E que versos! AXL se manteve bastante atual e principalmente crítico à política e aos incêndios criminosos nas favelas de São Paulo. Talvez, o lançamento ao vivo, sem perder muito tempo, tivesse também essa intenção: de aproveitar um assunto que está muito em alta para mostrar o ponto de vista do rapper.
Quanto à batida, por mais que tenha ficado muito boa a combinação, ela deverá ser trocada por uma “original”, caso a música seja gravada em estúdio e vá para o próximo cd. Essa de cantar com uma base gringa nos shows e depois lançar com uma própria é bastante utilizado. Aliás, recentemente, podemos pegar o Rashid como exemplo: o rapper, que costumava cantar a música “Porradão de 5” com a base de “Beamer, Benz or Bentley”, do Lloyd Banks, em shows, lançou a mesma com base original do Damian Seth, no cd “Dádiva e Dívida“.
Abaixo cê confere a letra e o download oficial do som:
A.X.L – Ironia (AO VIVO) by RuadoFlow
Letra: (Fonte: AXL)
Mais uma merda de noite sem sono, me sinto vítima de abandono
Grandes sonhos, pouco dinheiro, Fênix do cinzeiro
Sem o abono de SP, seco igual outono
Terço julgado pela fé, de homem-bomba à gambé
Pelo berço condenado a galé, e se Osama tiver
Mais vivo que você? O que a igreja esconde de você
Quem tava nas “torres” deve saber
Digo Saddam, vocês Kadafi, fingi que não sabe
Que o incêndio não é criminoso e a gasolina é do Kassab
É o curso humano, paranoico como um muçulmano
Frio como o russo, mano. É o pulso e vamo!
De olho na persiana, sofro de guerra na insonia
Aguá e paracentamol, longe do estado nirvana
Falam mal pelas costas, na frente não querem problemas
Nosso silêncio é a pior algema
Se sintam fetos em aborto, objeto
Te dão vida mas nasce morto
Agora é quente o prato da Vendeta
Um soldado no Iraque, não! Iraquiano com a caneta
Brasileiro de São Paulo ou do Rio
Do Nordeste, alguns tem pente outros tem prato vazio
Alguns a mente, tão programados, são preparados pra não pensar
Tava lá mais a fita não viu…
A esperança sofre por não morrer
Sendo a última a acordar do coma em frente a TV
Enquanto oram por Boni, ou Kim, por W ou Bin
Por Macedo, não apontam o dedo pelo medo e escondem o fim
Pra Mussolini, esse verso é crime
Eles são Nazi eu Nasir, então vem se aproxime…
“São José faz barulho pra quem for do nosso time”
E pau no cú desse regime!
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