Ingles lança clipe da inédita “Resumo”, primeira produção como artista solo

Nesta segunda-feira (8), Ingles lançou o clipe da música inédita “Resumo”, dirigido por Jean Furquim.

O trampo é o primeiro do rapper depois de deixar o grupo Distúrbio Verbal, no fim de julho, e mereceu até um teaser em vídeo com algumas explicações.

“Estou preparando um EP solo agora, e tenho colocado muita energia nisso! Fora isso, tenho muitas músicas, muitas letras, muito material gravado e guardado. Quando sinto que é o momento compartilho alguns desses relatos com quem acompanha meus movimentos na internet. E qualquer hora quero fazer tipo uma ‘lost tape’ de parte desse material. Porém, no momento estamos na fase final do processo criativo do meu primeiro EP. Tenho pensado muito nisso, e trabalhando para poder apresentar a todos da melhor maneira”, contou ele ao Noisey.

À mesma matéria, ele define a faixa em questão em duas frase: “Veja como está o mundo. Só vive aqui quem ama.”

Faça o download oficial da música “Resumo”.

“Resumo” tem o instrumental do francês Kayo e a produção artística do Neto; a mixagem é do Moita e os scratches do DJ Dedé 3D.

Abaixo cê confere a letra da música:

Trago o que penso nos versos.
Inverso o meu protesto, vem do coração.
Ação. Alma em manifesto.
A vida concluiu no resto.
O que mereço, o nesse fato que acata só no fim do berro?
Minha alma vai, vai… E a casa cai, cai…
Todos se perderam da paz, como um objeto.
Objetivo de ser claro, sensato.
Só abrir o olho e verás quem entrou de embalo.
Se a mão que afaga a verdade é competitiva:
Mordaça nas escritas.
A morte alicia, todos compõe essa lista.
Assimile o que assemelha, sem ato racista.
Insista o petista achando a frase otimista.
Ilusionista, na real, nunca desista.
Se a pista é podre, então lave as mãos.
Se a causa é nobre, então doe o coração.
Mil mazelas deforma o judas, no estopim da luta.
Minha carne só junta o que ruim em minhas fugas.
Fissurado na queda brusca, estrela decadente,
Só me deixa sem saber.
O hábito de se dar ao luxo,
No gueto a guerra é massiva,
Terra, mundo acha justo.
O mais nobre é o que perdoa.
Só vive aqui quem ama,
E quem não ama gotas do mal derrama.

Livramento nas esquinas, canetas e papéis.
Intervenções divinas fazem eu crer num Deus maior.
Nem preciso refletir pra sentir o abraço nunca dado.
Só me trago em líquidos que não necessito.
Sou cúmplice da minha própria queda,
Para a vida ser bela não pode amar a atmosfera.
Me afundo onde piso, me desdobro aonde vivo.
Corredores como ruas, nos permitem só correr.
Comércios se entrelaçam e viram vidas.
Num novo mundo, iras,
Declamam regras onde a régua é torta.
Torto o fecho da porta,
O sorriso é atraído sem montanha,
Sem saber o que é luz.
O que é vivo te seduz. Só o toque importa.
Você busca o que detém,
E todos reféns da amnésia.
Realeza só consomem… Veja como tá o mundo,
Todos na procura de um resumo…

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