O graffiti deverá estar ainda mais presente no cotidiano dos paulistanos e das paulistanas em 2015. Com apoio da prefeitura, mais de 200 graffiteiros pintam 15 mil metros quadrados de muros na avenida 23 de maio.
Prevista para fevereiro, a arte deverá ser a maior a céu aberto da América Latina, com 5,8 quilômetros de extensão.
“Estamos contentes com essa porta aberta, temos muita coisa para fazer e a 23 de maio é só o começo. Vamos apresentar projetos para as quebradas, a periferia e outros espaços públicos ociosos, que estão sujos e feios. A arte urbana tem custo benefício de retorno bem positivo. É barato e dá um resultado bom para a cidade”, afirmou o graffiteiro Rui Amaral durante o anuncio da pintura.
Amaral é também integrante da equipe de curadoria e ao lado de Binho, Ozi, Mauro Neri, Mundano, Nick Alive, Tikka Meszaros, Toddy e Bárbara Goy ajudou a escolher os artistas participantes.
“Essa é uma demonstração de respeito e reconhecimento pelo trabalho que a gente desenvolve há muitos anos. É uma porta que está se abrindo para diversos outros projetos. Nesse momento, é ainda um abre portas. A preocupação com a escolha dos artistas, do conteúdo, estrutura é para fazer com que as propostas novas cheguem e aconteçam”, comentou Binho.
Mas, de acordo com a Folha d. São Paulo, nem tudo é festa. Fora da lista dos 200, cerca de 60 graffiteiros criaram um evento paralelo intitulado “Rolê na 23” e subiram a avenida deixando suas marcas nas paredes.
“Nós reivindicamos pluralidade de estilo e mais espaço para graffitar”, teria dito um dos organizadores à matéria. “O objetivo é unir os graffiteiros e mostrar que há união entre nós”, completou.
Embora seja óbvio que alguém sempre ficaria de fora, a discussão é bastante válida e deveria ser aprofundada. De qualquer maneira, enquanto as críticas se mantiverem construtivas e coloridas, a cultura de rua só tem a ganhar.
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