A grande maioria do Brasil hoje o conhece por Válter, mas isso não significa muito pros fãs do Hip Hop Brasileiro que há mais de 10 anos o conhecem por Slim.
Tudo bem que o nome de batismo veio antes da alcunha de rua, mas é por esta que ele será lembrado quando falarmos daquele poeta que queria salvar o mundo.
Entretanto, sua mãe também deve o chamar de Válter e quando ela é responsável pelo fato que originou essa entrevista, o nome precisa ser respeitado. “Quando eu falei com a minha mãe, ela também ficou muito feliz mesmo, de uma forma que eu nunca vi. Eu me senti de um jeito que eu não poderia dizer ‘não'”, contou-nos sobre sua escolha de aceitar o convite do programa.
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E se você acha que, por não ter saído com a grana, ele se arrependeu da decisão, se enganou. “Eu acredito que já tinha esse pensamento de entrar alguém do RAP, que tenha alguma ligação com a cultura Hip Hop porque dependendo da conduta do cara lá dentro isso daí poderia ser muito negativo pra gente. E eu vejo que saiu como algo muito positivo”, afirmou.
“A gente não consegue se ver na maioria da programação e isso é meio deprimente. Isso é algo que nos faz ir contra a televisão”, comentou sobre a crítica antiga da cultura de rua com a grande mídia televisiva. “Se eu tiver a oportunidade de ir em qualquer programa pra mostrar aquilo que eu realmente sou, eu vou. Porque eu já cansei de me ver na TV só quando ela tá desligada e só o meu reflexo lá”, completaria mais adiante.
Slim falou bastante da importância do debate que geraria em torno de sua participação e de colocar negros na TV, no horário nobre, representando, mesmo que fosse apenas com sua presença, a periferia; um discurso bastante semelhante ao do Xis sobre sua participação na Casa dos Artistas.
Além do preconceito em relação à grade da programação, o rapper também comentou o preconceito dentro dos programas e do público que vota: “Eu acho que nesses realities uma das coisas que contam muito é a beleza. Infelizmente, aqui no Brasil, a beleza pra eles não têm o tom de pele que a gente tem.”
Mas, como ele mesmo ressaltou na entrevista, nem tudo na sua vida é Big Brother e a sua carreira vai continuar a milhão com a volta dos shows, novos clipes do CD “Aumenta o volume”, lançado em 2013, quase chegando e, acima de tudo, um desejo muito grande de ajudar os rappers e a comunidade ao seu redor.
“Algo também que eu penso era poder contribuir, mas eu sei que eu ainda posso contribuir com alguns projetos sociais aqui onde eu moro. Queria que tivesse alguma coisa bacana aqui pra desenvolver musicalmente, artisticamente. Acho que isso falta pra caralho!”, concluiu sobre o que faria com o prêmio.
Abaixo cê confere a entrevista na íntegra:
Antes de mais nada, acho que todo mundo quer saber como é que rolou essa ideia de se inscrever no Big Brother. Que que te motivou? E como você recebeu a aprovação e a confirmação da sua participação?
Na real, eu não me inscrevi. Tinha um olheiro que conhecia uma pessoa que acabou indicando o meu perfil. Ele acabou gostando, entrou em contato comigo, me ligou, e eu falei: “me liga amanhã que eu vou pensar nisso”, quando ele me ligou querendo saber se eu participaria de um reality show, tipo Big Brother. Aí eu falei com o meu brother, o Thiago Beats, ele apoiou, falou “meu, eu acho que você, ali dentro, seria você e isso não impediria em nada”.
Quando eu falei com a minha mãe, ela também ficou muito feliz mesmo, de uma forma que eu nunca vi. Eu me senti de um jeito que eu não poderia dizer “não”. Uma oportunidade, algo que a minha mãe queria muito. E eu sei que eu levei vários anos da minha vida fazendo tudo aquilo que eu quero, toda a minha ideologia da minha cultura, do que eu penso sobre música, e no momento ali eu pensei em buscar alguma coisa que… por mais que eu soubesse que ali não é o meu perfil, que não é o meu lugar, mas uma chance também de ajudar minha família.
Então, eu fui sem medo de ser feliz. Pensei na minha família, na minha mãe, no meu pai, na situação difícil que a gente tem; da minha filha também e como é difícil viver de arte. Meti o louco, falei “vamo que vamo” e fui fazer os exames. Foi tudo muito rápido. Eu fiz uma entrevista, o pessoal gostou, mandou pra galera do Rio. A galera do Rio me ligou, eu fiz outras paradas. Quando eu vi, assim, dezembro, tipo em janeiro a galera me ligou e falou que passou e me levou embora. Não deu tempo de avisar ninguém, não deu tempo de preparar nada. Quando eu vi, eu já tava lá dentro.
Po, que loco. Acho que a gente aqui fora sentiu um pouco disso. Acordou com a notícia que um tal de Valter ia participar e a sua foto lá. Rolaram vários comentários, que acho que você esperava já, por ser um reality; por ser a Globo. Qual sua opinião sobre a relação do público do RAP com a TV e mudou algo pra você em relação a isso depois do programa?
Cara, a minha relação é a mesma que eu tenho como MC, entendeu. “Só consigo me ver na TV quando eu desligo ela” [citando a música “Canto da vitória”]. Então, eu acho que a relação da galera é isso também; a gente não consegue se ver na maioria da programação e isso é meio deprimente. Isso é algo que nos faz ir contra a televisão.
Mas, do mesmo modo, acho que os pais, avós, tios, da maioria da galera que faz RAP, eles veem muita televisão. E acreditam muito na televisão também. De certo modo, a televisão faz parte da vida de todo mundo, de todas as pessoas que fazem RAP. Meus pais veem televisão, assistem a Globo o dia inteiro e é muito difícil mudar a consciência deles sobre o que a televisão pode fazer e oferecer um livro. É uma realidade muito diferente então a gente tem que tentar entender o porquê disso tudo. Às vezes, ao invés de a gente ficar batendo de frente com eles, às vezes a gente tem que ir lá, sentar do lado ali e acompanhar com eles; curtir a vibração deles. Eu já fiz isso em outros momentos da minha vida, porque era o único momento que eu tinha pra dividir com meus pais. Então, às vezes eu sentava ali com eles, sentava pra ver a novela, dava risada. Perguntava o que tava acontecendo, tentava passar um pouco do “porra, cadê os pretos? Por que o pretinho ali tá assim? Por que o bandido ali tem um dread?”. Mas é algo muito difícil, é um trabalho que é melhor a gente fazer assim com amor.
A minha relação com a TV continua a mesma. Eu não sou muito de assistir TV; quando eu entrei lá no programa eu falei que eu nunca tinha assistido o Big Brother, que eu via nada, que eu até criticava ver as pessoas chorando com aquele drama todo ali de paredão, de não sei o quê. Mas, lá dentro cê percebe diferente: são pessoas. Acho que a maioria buscando a fama e o glamour; eu tava lá buscando uma chande de mudar a vida das pessoas que amo. Eu não me interesso muito pela fama. O que me interessou mesmo foi entrar pra tentar mudar; que de certo modo as pessoas que vêm de onde eu venho pudessem se ver ali também. Acho que isso eu consegui. Você invadir o horário nobre com um boné “Favela”, que você é um cara que faz RAP, que é pai de família, que tem uma filha, que cuida, que respeita, que não é deslumbrado com toda essa magia da televisão; eu acho que isso é um choque.
Minha relação com a TV continua a mesma. Se eu tiver a oportunidade de ir em qualquer programa pra mostrar aquilo que eu realmente sou, eu vou. Porque eu já cansei de me ver na TV só quando ela tá desligada e só o meu reflexo lá. A gente tem que tá lá dentro refletindo e fazendo as pessoas… [áudio foi cortado na última palavra, mas dá pra compreender o que ele quis dizer].
Sem dúvida. Também não acompanho o programa, mas você deve ter sido um dos negros a chegar mais longe. Além disso, levou boné escrito “Favela”, lidou com uma injúria racista naquele caso do “e branco não tem cheiro?“, enfim, esses foram pontos positivos [poder debater isso em rede nacional]. Cê enxerga outros? E pontos negativos? Como você analisa sua participação?
Tem vários pontos. Eu acho que o ponto do preconceito meio que inconsciente de algumas pessoas é muito cabuloso. Eu tenho um jeito meio diferente, eu não chego brigando por isso. Eu prefiro chegar e trocar uma ideia na moral, fazer a pessoa entender sem fazer um alarde. Lá dentro teve várias paradas assim. Eu conversei com várias pessoas inclusive de uma música que uma mina cantou lá, que a letra era ridícula e falava “nega do sovaco cabeludo, não to pegando nem cachorro então vou ficar com você”, não sei de quem é essa música [acho que é uma referência à música do Pranchana Jack, que não lincarei porque é simplesmente ridícula; e agora que eu falei isso eu sei que vocês vão procurar no Google]. Cheguei pra ela depois e conversei com ela [Amanda] que a letra era muito racista; se ela tinha parado pra raciocinar isso. Não era um pensamento dela, ela tava só reproduzindo algo que ela escutava por aí. Ela escutou, parou e refletiu, “porra, realmente”, não sei o quê.
Acho que as pessoas, às vezes, elas não conseguem, já falei isso várias vezes, uma coisa é você tá de fora e outra coisa é você sentir na pele. Acho que isso existe. Rolou muito preconceito assim, racismo de algumas pessoas, de algumas torcidas em relação à minha pessoa. Já é um choque entrar lá dentro com um boné escrito “Favela”, ter orgulho de ser favela, representar a favela, ser rapper, ter a pele escura, saber que o racismo existe, ter a consciência livre de que o tratamento é completamente diferente. Isso já é uma parada muito foda.
Essa parada que rolou com a Fran, quando ela falou, eu já rebati ali na hora; rolou várias conversas assim e em todas elas eu conversei com as pessoas, não trouxe isso pro lado agressivo. Não foi uma parada de ofensa e mesmo se fosse, eu acho que a gente não precisa chegar no soco, gritando. A gente tem que tentar manter firme nossos ideais e mostrar que a gente tem plena consciência daquilo; quando a gente tem plena consciência daquilo, a gente pode rebater de uma forma positiva. Eles ficam só esperando uma brecha, qualquer brecha, pra gente perder o controle e perder a razão. Então, se manter firme e tranquilo é a forma que a gente tem de lutar pra que isso não acabe se revertendo e eles acabem achando uma brecha pra depois tirar nossa razão. Eu acho isso um ponto muito positivo. Gerou várias discussões porque as pessoas não entendiam porque eu sai com tal porcentagem. Ainda rola várias discussões de por que que eu não participei de ensaios deles lá dentro, que é o Paparazzo. Isso é muito bom.
Na verdade, alguns negros já ganharam o reality: o Jean e uma outra empregada doméstica e uma outra negra. Mas acho que só o Jean tinha uma consciência real, era politizado, mas além da pele, ele teve a parada que gerou uma polêmica que foi o lance de ele ter se assumido gay lá dentro e isso deu muita força e a discussão acabou indo mais pra esse lado do que pro tom da pele dele. Mas eu acho que pelo que aconteceu com os dois últimos negros que estavam lá: uma saiu na primeira semana com um índice de rejeição absurdo e ela não fez nada demais; ela foi, como eles dizem, meio barraqueira, mas eu já viu outros barraqueiros que vão até o final, vão até bem longe no jogo e às vezes você se questiona: será que foi só o barraco ou será que foi porque o barraco foi feito por ela? E o outro cara que foi acusado de ter estuprado. São situações muito foda. Rolam situações parecidas, mas o julgamento parece que é outro.
Eu acho que nesses realities uma das coisas que contam muito é a beleza. Infelizmente, aqui no Brasil, a beleza pra eles não têm o tom de pele que a gente tem. Isso é nítido em todas as propagandas, em todas as campanhas. Na maioria das vezes, a gente só vê o negro ali linha de frente porque ele é um cara da música, por isso ele consegue essa abertura, esse espaço.
Eu não consigo ver muitos pontos negativos. Acho que gerar discussão dentro do Hip Hop também é algo positivo, mesmo as pessoas não me apoiando. Porque tudo que eles querem na real é que a gente se separe pra que a gente fique fraco. E eu acredito que já tinha esse pensamento de entrar alguém do RAP, que tenha alguma ligação com a cultura Hip Hop porque dependendo da conduta do cara lá dentro isso daí poderia ser muito negativo pra gente. E eu vejo que saiu como algo muito positivo. Outras pessoas que não conheciam o RAP, que não tinham contato com as pessoas da periferia mesmo acabaram tendo esse contato e acabaram mudando a visão deles. Pode não ser unânime, mas muita gente que tem me abordado são as pessoas que são o nosso povo. E eu acho que o apoio do nosso povo é fundamental.
Tem ocorrido um milhão de coisas. Recentemente, rolou esse boato que a Cone falou mal do Criolo; são umas coisas que tentam desestruturar a gente. E uma parada que é real: eles jamais darão força suficiente pra gente se eles não podem nos controlar; se eles não tem como dominar o nosso discurso, eles não vão dar espaço o suficiente pra que a gente chegue lá e mostre.
O próprio discurso do Bial foi um ponto positivo. Agradecendo pela presença, pela paciência, recitando versos da minha música, “Canto da vitória”, que exalta a nossa consciência de ser negro. E uma música que fala de televisão. “Só consigo me ver na TV quando eu desligo ela”. E ele recitar isso e eu poder ter um espaço ali pra falar um verso do Sérgio Vaz, declarar uma poesia no final de um Big Brother, colar no Faustão e ir lá e recitar alguns versos também. Isso é uma parada que se a gente olhar bem, a gente tem uma vitória muito grande. Querendo ou não, isso é uma conquista.
O ponto negativo que eu acho é este: fica cada vez mais claro, não dizendo do programa, mas dizendo num geral, que o negro sempre vai tá mais às margens, principalmente, dessa grande mídia, do espaço maior que a gente tem. Já dizia isso em uma letra, na “M.I.S.S.Ã.O.”, “a gente tem que ser duas vezes foda pra conseguir passar um cara que não é nem metade daquilo que a gente é, daquilo que a gente consegue fazer”. Porque as pessoas tão muito ligadas no fútil, na imagem, em uma pseudo-beleza, e a gente acaba passando desapercebido muitas vezes porque a gente não tá dentro desse padrão que eles desejam. Mas, a gente sabe muito bem quem somos e porque lutamos.
Sem dúvida, nosso Hip Hop tá carente de debate e reflexão. Mas, meu, cê falou da ajuda a seus pais, sua filha, da importância de se ver na TV e de levantar o debate. Mas e o que sobrou efetivamente pro Slim: como você acha que esse aumento de exposição e popularidade afetarão tua carreira? Existe uma preocupação de carregar o “ex-BBB” como prefixo e todo preconceito que isso pode trazer?
Eu acho que essa exposição aumenta bastante, mas uma coisa é importante: eu acho que as pessoas começam a prestar atenção naquilo que eu to falando. E uma das coisas que a gente precisa na real é que as pessoas prestem atenção no que a gente tá falando e tá fazendo. E quando isso acontece é porque realmente alguma coisa vai mudar. E algumas pessoas realmente vão ouvir, vão sentir e realmente vão carregar isso como exemplo. Isso aumentou, levou pra um outro nível, levou pra outras pessoas que não conheciam meu trabalho, de repente que nem conheciam o RAP que podem tá se aproximando, amando, conhecendo essa cultura. Da mesma forma, pode não tá entendendo nada, pode não gostar e simplesmente ter gostado do Válter. Mas, eu acho que isso é algo normal.
Eu não acredito que eu vou carregar esse estigma porque eu já tenho a minha carreira sólida. Claro que alguns veículos que não conheciam minha carreira, eles vão colocar lá como “ex-Big Brother”, principalmente inicial, mas eu acho que toda essa parada vai desaparecer com o tempo. Porque eu sou eternamente músico, eternamente RAP, eternamente um cara que se dedicou à cultura Hip Hop. Acho que antes do meu nome mesmo vai tá ali como MC e não como “ex-blablabla”; eu não acredito que eu vá carregar isso por muito tempo. Mas, agora de início, isso é um gancho. Mas, a luta continua e o trabalho vai provar o contrário, vai provar que existem muitas outras coisas pra serem mostradas, pra serem faladas.
Pegando um gancho na sua resposta e encaminhando pro final da entrevista: o que falta ser dito/feito? Você já tem uma carreira musical sólida, muita coisa feita; quais são os próximos passos (sabemos que tem clipe novo também)? Aliás, já deu pra voltar a fazer música ou ainda tá na inércia do dia a dia do programa?
O que tem de sólido é retomar todos os trabalhos, aproveitar tudo isso que aconteceu e reverter pra que o trabalho possa alcançar mais pessoas. A ideia é retomar tudo. Já tem umas músicas novas. Tem muita coisa do disco que eu ainda pretendo fazer. Algumas músicas da última mixtape que eu quero fazer o clipe; eu to retomando isso também. Tem um clipe que já tá em fase de edição [da música “Só por hoje”]. Aproveitar a parada da Mokado [Records, o selo independente do Slim]. Botar a parada pra rolar. Fazer essa parada acontecer de verdade mesmo; fazer as camisetas, refazer todos os CDs.
O projeto agora é isso: show, mês que vem começam os shows; videoclipe pra sair, outro videoclipe pra gravar também; tamo a milhão botando pra ferver mesmo e se manter firme e forte naquilo que a gente acredita. Acho que é o passo fundamental agora. Ainda não consegui parar mesmo e gravar as coisas, mas eu tava escutando as batidas que eu já tinha feito antes; retomando devagarinho, mas semana que vem já to de volta. firme e forte.
Bom, mano, acho que só tenho mais uma curiosidade e de resto é isso mesmo. Queria te agradecer pela possibilidade de fazer essas perguntas e depois queria também te deixar com a palavra pra mencionar teus contatos oficiais e qualquer mensagem que queiras deixar pro público que talvez eu não tenha te perguntado, você que manda. Mas antes, sobre a curiosidade: fora ajudar sua família e amigos, o que cê faria se tivesse ganhado? Algum sonho maluco que poderia ser realizado com a grana?
Eu não tinha nenhum sonho maluco, pelo menos nenhum sonho consumista. Mas, uma parada que eu faria mesmo era investir boa parte dessa grana na Mokado, pra fazer a Mokado virar um selo e poder fortalecer com outros artistas. Eu acho que isso seria muito importante. Poder trabalhar, poder ter uma estrutura, poder oferecer uma estrutura entendendo muito bem o mercado e as necessidades de cada artista de RAP.
Algo também que eu penso era poder contribuir, mas eu sei que eu ainda posso contribuir com alguns projetos sociais aqui onde eu moro. Queria que tivesse alguma coisa bacana aqui pra desenvolver musicalmente, artisticamente. Acho que isso falta pra caralho! Acho que isso seria uma parada que eu investiria.
Pra fechar mesmo, eu queria agradecer todo mundo que torceu, que votou, que chorou, que sorriu, que acreditou e que queria muito que eu levasse esse prêmio. Eu acho que isso é uma parada muito importante, eu não tive tempo de agradecer todo mundo, mas queria muito agradecer as pessoas ligadas à cultura Hip Hop, artistas que me apoiaram. Pessoas comuns que me apoiaram, pessoas que me abordam na rua e pra todo mundo mesmo, no geral.
E pra quem quiser buscar mais do trampo mesmo e conhecer mais, entrar no site (slimrimografia.com) e lá tem todas as redes pra seguir, trocar uma ideia, pra ver o que tá acontecendo. É só mandar a bronca lá mesmo. E vamo que vamo; Hip hop vive. Foco e disciplina!
***Pra evitar que algo longo se tornasse ainda mais longo, cortamos e adaptamos certos vícios de linguagem e repetições que escritos não são tão interessantes quanto falados. Esperamos em algum momento poder disponibilizar o áudio da entrevista.
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