Atualizado em 09/01/2016
E, infelizmente, chegamos ao final da transformação das crônicas da cidade cinza do áudio ao visual. Com imagens reais, Ogi retrata a ação noturna dos grafiteiros paulistanos no clipe da música “Noite fria“. A direção é de Gabi Jacob.
É, acabou. Pra quem gostaria de ver todas as crônicas transformadas em clipes, decepção. Entretanto, há um lado positivo: “Noite fria” encerra a sequência de vídeos com chave de ouro. Ogi já havia lançado clipes de “Premonição“, “Por que meu Deus?”, “Eu me perdi na madrugada” e “Profissão perigo“.
Com produção de DJ Caique, “Noite fria” é mais uma das ótimas crônicas rimadas por Ogi no cd “Crônicas da cidade cinza“. Nela, o rapper conta um pouco mais sobre a adrenalina que envolve as noites de um grafiteiro/pichador na cidade de São Paulo, com espaço até para ação da polícia e tudo mais.
Não é à toa que o detalhamento do rapper é tão apurado: ele mesmo era pichador até um tempo atrás. Aliás, em entrevista para a VICE sobre o lançamento do clipe, Ogi conta que a música é um resumão de suas atividades na rua e que ele próprio já chegou a sofrer bastante na mão dos policiais.
Na mesma entrevista, Ogi contou algo bastante peculiar sobre as filmagens: sabem aquele mano que cês viram escalando monstruosamente o prédio? Pois é, acabou levando um processo na ação. Tanto esta quanto as outras imagens são todas reais, filmadas em 12 dias, na própria cidade de São Paulo.
O clipe em si ficou bem louco. Não é somente sobre os grafiteiros, mas sobre as noites frias da cidade num geral, com todos os seus personagens. O jeito como as pessoas foram representadas deu um significado muito mais amplo ao som. Além disso, o detalhe do preto e branco foi muito bem colocado. Não só pela “cidade cinza”, mas também pelo fato de os pichadores usarem muito das duas cores.
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