Com ótima atuação, Criolo volta a ser “doido” em clipe de “Mariô”

Atualizado em 09/01/2016

Independente do que será apresentado, um poeta nunca deve perder a sua poesia. Com inúmeras referências artísticas e uma atuação impecável, Criolo lança o clipe da música “Mariô“, do incrível cd “Nó na Orelha“. A direção é de Del Reginato.

Quando o cd foi lançado, Criolo arrebatou todos os prêmios pelo encaixe perfeito de uma mistura de estilos, uma poesia só dele, misturada com o RAP Brasileiro. Além da qualidade das músicas, o rapper já havia dado um show de interpretação nos clipes que haviam sido lançados, “Subirusdoistizim” e “Freguês da Meia-noite“. Pra “Mariô”, só podíamos espelhar o melhor!

Criolo no clipe "Mariô"

Como se destacar em um cd só com músicas incríveis? “Mariô” consegue através de uma mistura de estilos sonoros diferenciados. Criolo e Kiko Dinucci simplesmente “quebram tudo” com uma trilha sonora meio mística, que é compartilhada pelo próprio rapper. Dificilmente, outro artista conseguiria interpretá-la de forma tão real, naquela de te fazer sentir o som.

Além da mistura de estilos, a música faz diversas referências, inclusive cita diversos artistas, como Sabotage, Fela Kuti, Mulato Astatke. Aliás, o cd levou Criolo tão longe que ele teve a honra de cantar ao lado de Astatke, em Londres.

Como cês já devem saber, o Criolo era conhecido como “Criolo Doido” e ele cortou o “doido” do nome para o novo cd. Entretanto, como escreveu o Kamau no twitter, fica difícil separar o “doido” do Criolo no novo clipe. Não só pela “loucura” do próprio personagem, mas pela ótima interpretação que o rapper dá a ele. Um artista completo, sem dúvida!

Além das referências diretas da letra com o que é mostrado no clipe, num todo ele gera diversas interpretações diferentes, como uma boa poesia. Parecendo um cangaceiro e carregando uma bigorna, Criolo cai do céu em uma terra desconhecida. Aparentemente, ele possui um poder. No final, quando ele decide partir para outros rumos, outros “como ele” começam a chegar.

Do nosso ponto de vista, o poder de Criolo é sua música. Assim como o poder do personagem, ela não muda as coisas, mas passa o conhecimento de como fazê-lo. O “carregamento de bigorna” poderia representar a responsabilidade que ele carrega como músico, ao lançar cada trabalho. Não é simplesmente uma mágica, tem que ter vontade, tem que se esforçar. E a loucura? Que loucura? Como diz o Emicida, “gente louca faz música; gente séria, explosivo“.

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