Atualizado em 15/10/2013
E vem coisa pesada por aí! Aproveitando a facilidade da internet em espalhar a mensagem, Emicida gravou um vídeo dentro do Laboratório Fantasma, com uma rima inédita intitulada “Reality Show“.
Emicida já pode ser considerado quase como um rato de internet. Adepto assumido da tecnologia, o rapper, que acumula milhares de seguidores no twitter e fãs no Facebook, tem se aproveitado de forma exemplar das redes sociais.
Pra manter o seu nome na boca do povo, Emicida gravou um vídeo amador, só com câmera, batida e o rapper rimando. A rima inédita foi intitulada “Reality Show” e espera-se que torne-se uma faixa de algum CD próximo.
Os versos foram muito bem recebidos pelo público que até comentou ser a volta daquele Emicida de “Pra quem já mordeu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe…“.
O comentário da volta do Emicida ao que era no seu CD de lançamento não é totalmente equivocado. Digamos que “Reality Show” mostra o lado do RAP mais pesado, que esteve bastante presente na primeira mixtape.
Assim como no BBB e outros “shows de realidade”, Emicida fala que a nosso dia a dia está cada vez mais vigiado e que o ser humano está cada vez mais frustrado e também mais robotizado.
Uma realidade completamente diferente da nossa é jogada na nossa cara todo dia, quando ligamos a TV, por exemplo, e desejamos cada vez mais ter essa vida boa, mas sem o desejo de trabalhar e fazer acontecer.
Abaixo cê confere os versos na íntegra:
Letra: (Achou algum erro? Corrija nos comentários!)
Eu já vejo os chip dentro dos corpo sendo moda
Rastreando o filho pelo GPS, vai ser foda
Te despertando nas manhãs, pra que não esqueça
Desligando os talibã que levantar a cabeça
O celular, com toda função que precisar
Pra não ter como não ter
Não ter onde se esconder
Vão te achar, te perseguir, consumar, consumir
Aniquilar, iludir, presentear, com isso aí
Conforto pra alimentar sua preguiça
Cê não vai conseguir correr quando notar areia movediça
Relógio pra dar a impressão
De que o tempo tá na sua mão
Fingindo que te dão poder de decisão, jão
Refém do teu gosto, viciaram teu corpo
Em poucos instantes, cê é loco, acima de nossos coco
Sirene, hélice
De quem dá cabo, transmite via satélite
Tua vida é bosta
Boa é a dos outros, que a TV mostra
Mescla furiosidade, depressão, no cidadão que gosta
De manter a aparência com tapinha nas costas
Chama de inteligência, nunca dá uma resposta
Hipocrisia mais informação picotada te faz condenar quem não concorda
Sem fazer quase nada, te fez amar dinheiro e odiar trabalho
É óbvio onde vai dar, em frustração, caralho!
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