Atualizado em 02/01/2014
Conquistas, quebra de recordes e boca a boca sempre foram palavras muito ditas durante a história de vida de Leandro Roque de Oliveira, o Emicida. O rapper paulistano, 25 anos, detentor de dezenas de títulos em batalhas de rima e um dos grandes nomes da cena atual brasileira, foi o percursor de uma das maiores, senão a maior, mobilização virtual em prol do rap no Brasil.
No dia 9 de setembro, ia ao ar a entrevista de Emicida no Programa do Jô. Além de toda a movimentação e os comentários pré aparição, pouca gente sabe que parte do motivo que levou Leandro ao programa foram os milhares de e-mails mandados por seus fãs para a produção.
A ansiedade era grande e a expectativa criada fora imensa. E como estamos falando de uma mobilização virtual, vale a pena constatar que as mídias sociais ferviam.
Um tópico especial para a entrevista, na comunidade E.M.I.C.I.D.A, no orkut, recebia centenas de novos comentários. No twitter, tanto o próprio rapper quanto integrantes da Laboratório Fantasma aqueciam os interessados e a expectativa de todos não parava de aumentar.
O resultado não podia ser diferente. Além de uma entrevista descontraída, um show animado, Emicida ainda emplacou o topo do “TT São Paulo” e do “TT Brasil”*, deixando também as expressões “#aruaénóiz” e “Emicidio” (nome de sua nova mixtape) entre as mais faladas do Brasil.
Além disso, Emicida estava entre os usuários mais “retweetados” e mais citados também. E a madrugada reservava mais uma novidade, de tanta gente falando do rapper, a expressão “Emicida” foi parar em 5º no TT Mundial, fato antes nunca ocorrido com o rap no Brasil.
Isso apenas prova que o que vinham falando, de o rap ter morrido, foi apenas coisa de falador, sem nenhum contexto. O rap pode ainda não ter conseguido o melhor espaço nos festivais e eventos por aí, mas com certeza está crescendo.
E com seus fãs devotados e entregues de corpo e alma ao estilo e a cultura de rua, tende cada vez mais a buscar seu espaço e mostrar-se às mídias com toda a força que tem, com toda importância e ideologia, não como um arrastão, imagem que muita gente quer pintar por aí.
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