Atualizado em 15/01/2017
Falar o quanto a tecnologia influencia e impacta o dia a dia do RAP Brasileiro é chover no molhado. O bagulho se tornou tão presente que às vezes a gente nem se dá conta. Da produção de cada faixa até a venda do CD, tec, tec, tec e mais tec!
Recentemente, no entanto, a porra ficou realmente séria. As apresentações online se tornaram tão comuns que eu não me espantaria em ver um novo rapper se popularizando na cena sem nunca ter saído de casa.
Gostaria de ressaltar que usei a palavra “popularizando”. Ganhar popularidade é bem diferente de respeito; uma apresentação “lotada” no online nunca vai ser a mesma coisa que um show na rua. O comprometimento do espectador é bem diferente, a vibe da exibição também.
Mas, por que esse blablabla todo? Porque, pela primeira vez, uma gravação em estúdio chegou perto de me colocar naquele estado de espírito.
Todo mundo tá ligado na qualidade do Showlivre, é maneiro, mas normalmente o artista chega ali e apenas reproduz suas músicas. Principalmente por não ter público presente, a energia é basicamente a mesma do disco; sinto como se tivesse ouvindo a versão original.
Não quando o convidado é o Inquérito. Não foi uma apresentação; foi um show; um puta show. Os caras não entraram simplesmente com o time titular, eles jogaram como se fosse decisão. E ainda agregaram toda qualidade dum reforço de última hora: a participação do Emicida, que já tá mais do que entrosado.
Eu realmente queria evitar o trocadilho, mas… os caras definitivamente se doaram de corpo e alma!
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