A Internet fez com que artistas independentes rivalizassem quase de igual pra igual com artistas de grandes gravadoras em alcance musical. Até pela sua posição, o RAP Brasileiro foi um dos gêneros que tirou melhor proveito disso.
Ao disponibilizar suas músicas gratuitamente e vender CDs a R$5, nomes como Rashid conseguiram contornar várias barreiras impostas pela indústria fonográfica para circulação das obras.
“[A pirataria] já foi algo muito maior. No seu auge, ajudou a derrubar gravadoras, que aparentemente não têm mais tanta força nas vendas. A pirataria ajudou a espalhar a música”, defendeu ele em entrevista à revista Meio & Mensagem.
O rapper aproveitou pra ressaltar que mesmo com cem mil downloads grátis da sua mixtape “Confundindo os sábios”, ela esteve entre os mais vendidos do iTunes por algumas semanas. “Se você baixa o preço do CD, as pessoas vão comprar. É injusto o CD ser tão caro num país que respira música”, completou.
Se por um lado a disponibilização gratuita do trabalho diminui o lucro direto da venda, por outro ela permite que muito (MUITO) mais pessoas conheçam o seu conteúdo, o que amplia a quantidade de shows, comercialização de produtos e abre enormes possibilidades para ações e projetos derivados.
Rashid, por exemplo, lançou recentemente um documentário contando detalhes sobre a criação da sua mais recente mixtape, um faixa a faixa com requinte e depoimento dos que participaram.
A íntegra da entrevista do rapper está publicada na edição 1615 da Meio & Mensagem, de 23 de junho.
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