Quando começou a escrever seu novo álbum, até o momento intitulado “A arte da refutação”, Issa Paz buscava novas referências musicais para suas composições.
Inquestionavelmente, escutar novos trampos é a melhor maneira de alcançar tal objetivo. Mas, como vivemos na era das mídias sociais e do compartilhamento de informação, a rapper resolveu dar uma incrementada na ideia.
Depois da resposta positiva em uma pequena enquete no Facebook, ela resolveu, no dia 8 de janeiro de 2014, criar a página “Um disco por dia” e compartilhar com tod@s suas descobertas. Até o momento, sem maiores divulgações, já são quase mil “curtidas”.
“O pessoal que curte a página me surpreende. Às vezes ouço um disco que foi recomendado por um e depois vários gostam e agradecem. Recebo mensagens toda semana de indicações e agradecimentos, elogios de pessoas que acompanham a página”, conta-nos. Além das recomendações pela página, ela também recebe dicas de amig@s.
E Issa não se contenta apenas em escutar os trampos, mas também avalia-os, opina e escolhe suas faixas favoritas. Tudo bem que ela tá um pouco atrasada na meta, mas o projeto é daqueles que te deixa na vontade de copiar.
Até porque, o intercâmbio de recomendações pode gerar incríveis novidades. Por exemplo, 2 de seus discos preferidos entre os 152 que escutou são de grupos que não conhecia antes de iniciar a página: “Toda manhã é um recomeço” (2014), do NaBrisa, e “Sangueaudiência” (2013), do F.U.R.T.O. Aliás, ela sugere ambos a tod@s, assim como “Buracos ao chão” (2013), do Síntese e Distúrbio Verbal, que também foi destaque no nosso site.
Mas, se é pra recomendar e falar de um disco que realmente mudou sua vida, Issa volta alguns anos. “O conjunto das obras que escutei ajudaram e muito na minha formação, como pessoa e como artista. Penso que sou resultado de muitos discos importantes. Mas teve um que foi crucial, que eu ouvi e me deu um direcionamento muito importante: ‘Ruas vazias (2007)’, do Shaw. Acho que esse pode ser considerado um marco na minha história”, conta.
E isso que ainda faltam, só pra terminar o projeto, mais de 200 títulos. Será que ela não terá um novo grande marco? Vale a pena ficar de olho na página. Ah, e depois de tantas ótimas referências, que venha o “A arte da refutação”!
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