Atualizado em 04/06/2014
Na última terça-feira (27), o Autoconceito lançou o clipe da música “O som é pesado”, dirigido por Saulo White.
Seguindo o título do som, Vinícius e Fernanda trazem à tona várias contestações; esta destaca principalmente a luta pelos direitos das mulheres, tão subjugados na nossa sociedade.
“O som é pesado” foi mixado pelo Zap-san e masterizado por Júlio Paz.
Abaixo cê confere a letra da música:
https://www.youtube.com/watch?v=y3yKwg0Q9ZM
O que já foi, foi, o que não: nem era
Pediu seguro no boi, mela ramela
Não entendeu: entendeu, é escreveu não leu
Pare o corre negro se não é aval de Deus…
Pela saúde um brinde sem álcool
E que todo trabalho supere os cambalachos
Mera simpatia não é educação
Ironia positiva: eu tenho cara de Não
Cada guerreiro de naifa, cada monstro na sua jaula
O antídoto não é raiva pra ódio de cão de guarda
Dorme na minha mira, eu nem pisco na sua
Se coçou, cochila no barulho da rua
Tumultua, escorrega, lá ‘vai’ mais dois
Tem louco que recua sonhando com o depois
É triste: ostenta, atalho é trote
Abraça se quiser, não esmole, nem esnobe
Na bola do ‘zóio’ é a bola da vez
Esse livro sem capa já fez muito freguês
Adolescente vira mito, mas uma hora tromba
Idolatria só existe, pois morto não decepciona.
O som é pesado porque a vida não é leve
Música falsa engole muitos moleques
Deselegância rimar inconsequência
Hora a nave bate e era uma vez a lenda.
Declaram independência, mas são cheias de frescura
Não é o salto alto que a faz ter postura
Cumprir o que se diz vale bem mais que o sobrenome
O bom proceder forma o respeito entre os homens
Feminismo sustentável verdadeiro tá falido
Importa quem tu és ou o que está vestindo?
O que é ganho sem honestidade
Acaba em um instante te deixando na vontade
De voltar aos velhos tempos, mas já é tarde demais
Os dias tão corridos, só você que anda pra traz
Seguir modismo não abastece inteligência
A vida é muito curta pra viver de aparência
Disputar a menor roupa não aumenta sua moral
Se usa o discurso que atualmente é normal
Tem algo errado, reme contra a correnteza
Se estiver rendida a ditadura da beleza.
Posso rebolar, seduzir, sem ser vulgar,
Fazer da misoginia um mero dito popular
Cada uma com a sua parte pra mostrar nosso valor
Nem cachorra, nem fruta, definem quem eu sou.
O som é pesado porque a vida não é leve
Música falsa engole muitos moleques
Deselegância rimar inconsequência
Hora a nave bate e era uma vez a lenda…
Som pesado, porque a vida não é leve.
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