Atualizado em 06/01/2014
Neste domingo (1), o Haikaiss lançou a música “O que sobrou”, que conta com as participações dos cariocas Iky Castilho e Ramiro Mart.
A música descreve a nossa sociedade atual, mostrando em alguns momentos o avanço tecnológico em contraste com o regresso humano e social; o resultado é o pouco que ainda nos resta e o que somos, apenas a “sobra”.
Segundo descrição dos próprios artistas envolvidos, o som nos transporta ao “futurístico mundo de hoje, onde questionamos ‘O que sobrou’, ou simplesmente afirmamos ‘O que sobrou'”.
Letra:
(Iky)
Sabe quando o tempo é cinza?
E nada te alivia Nem dinheiro, nem a erva
Nem ta junto da família
Nem ‘bom dia’ e nem elas
Nem um rolé de skate
Essa paz e tão fugaz Algo impede que eu aceite
Um chá que já não cura essa asia
Essa menssagem que me soa tão vazia
É que na real, a real nos distancia
Foi mal pelo mal jeito, Um novo tempo se inicia
Onde a meta é ser Highlander Aqui não passa nada
Tipo Lobo Solitário Na beira da estrada
Eu vou empilhando corpos , aguardo a emboscada
Vou secando copos sequestrando almas
As ruas estão tão tensas
Ruínas da Babilonia Restos de descrença
Umas linguagem tão densa
Quanto projétil de chumbo Indo contra sua cabeça
Pensa…
Refrão
O Coração não sente , o olho enxerga , ó quem chegou /
Se eu me tornei sombrio eu te pergunto o que sobrou ? /
Conto nos dedos quem sobrou, é hora da obra /
Salvo aquele que acatou, e pra mim o que sobrou ? ein brou ?
(Qualy)
Para , escute a solidão enquanto eu relaxo
Tão só que hoje o dueto é entre eu e o baixo
Humanidade um grande passo, um grande salto
A chuva ainda cai do céu e o silêncio ainda fala alto
“Tô” pra viver por aquilo que me convém
O que que tem meu chapa ? o mundo já é uma desordem
Tanta gente em tão pouco espaço, o mundo é tão pequeno se não estão satisfeitos então “vazem”
A mão na consciência e o pé na cova
Vivo a margem de quem sobrou porque nós somos a sobra
Sou o vinho sou a hóstia, fruto da discórdia
Sou um fruto da cidade, sou uma viagem sem volta
Um pingo de esperança .
(SPVic)
Pecados são opções, viver pra entender a morte
Obedecer padrões se for ousar, fornecer o próprio Suporte
O obvio, vem com tempo não julgue-se mais forte
Há fraqueza em corações, azar que parece ser sorte
Escolhe: Se cala. Plantou? Descolhe..
Não, não queira me manter ocupado
Quando são me sinto errado
Elevação e desapego ao comprado
Propago o contato da audição ao meu tato
Quase tudo não programado, é isso
Deixo ao alcance dos que ouvem,
Escutem “Roll Over Beethoven”, estudem..
Essa anarquia dos tons, mudem
Lutem, só mentem quando houver humanidade ou um Fox Mulder
Meias verdades em dose cheias, maldades em nossas veias Convites pra ceias de outro corrupto
Eu vi guardar a ira e esquecer assunto Sua mania singular de só agir em conjunto
Refrão
O Coração não sente , o olho enxerga , ó quem chegou
Se eu me tornei sombrio eu te pergunto o que sobrou ?
Conto nos dedos quem sobrou, é hora da obra
Salvo aquele que acatou, e pra mim o que sobrou ? ein brou ?
(Ramiro Mart)
Mais, as vezes é menos uma vida temos,
Muito cremos, pouco temos, lemos só nao para despejar,
Vocabulos hilarios mas vocabularios fortes,
Musicas ilucidas sao pra elucidar,
Venho da curva do rio, onde anoite é frio
O dia e quente e nuvens cinzas me fizeram me adaptar ,
Hoje pro calor eu rio, amor congelado em desapego vil, nem me viu me infiltrar,
Bota a cara pra morrer ou pra matar,
Escolher tambem nos é imposto e resta atacar,
La no morro estao de AK, as minas de celular,
Ta tudo no instagram, antes mesmo de estragar,
Ninguem mais quer pixar, quer postar,
O jogo ta o bicho esqueceram de apostar,
Preocupados com o lixo nuclear,
Segurem suas filhas que meus manos sao os poucos da guerrilha que na quiseram parar.
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