Atualizado em 09/01/2016
Ele já foi conhecido como matador de MC, já foi o “cara que mordeu um cachorro por comida”, o que vendeu 10 mil CDs no boca a boca e o que fica falando “a rua é nóiz”. Não importa como já o chamaram, o importante é que sempre o fazem.
Desde o lançamento de “Triunfo“, o rapper já foi colocado num patamar diferenciado. O clipe não só foi visto como de qualidade alta, mas também foi considerado revolucionador do mercado do RAP. E o Emicida parece ter se acostumado a fazer isso. Mixtape caseira a 2 reais, mistura do RAP com outros estilos, criação de outros produtos, enfim, cada passo do rapper parece ter mudado a forma como o mercado do RAP trabalha.
Mas, nem tudo é tão fácil quanto parece. Na verdade, foi uma batalha; foi uma rinha. Falta de grana, falta de apoio, outros MC’s, vários problemas apareciam no combate e o rapper precisava vencê-los com seu pensamento rápido e diferenciado. Em um país em que o racismo velado reina e que considerava o RAP morto, foi só o “neguinho chegar com a autoestima” pra “bagunçar o jogo todo”.
Se é quase impossível contar uma história dessa importância em apenas uma produção, o webclipe faz um bom trabalho. A “Rinha” não é somente uma música do Emicida, mas foi o primeiro passo da caminhada de muitos MC’s do RAP Brasileiro. “Rinha” não é somente um webclipe, mas é um pedaço importante da história do RAP Brasileiro.
Assim, é fácil entender porque tantos rappers e envolvidos na cultura se emocionaram ao ver o vídeo. Não é apenas o ponto máximo de um ciclo na vida do Emicida, é a realização de um sonho coletivo de todos aqueles que desejaram o sucesso da independência musical.
O projeto é da Laboratório Fantasma, mas a vitória, a conquista, parece muito maior. Não à toa, o vídeo reúne uma série de parceiros musicais; reúne uma série de pessoas que acreditaram no trabalho, seja dividindo o palco, comprando ingresso, um CD ou dando play numa música. Artista independente é isso. Pode não depender do dinheiro do governo ou de uma gravadora, mas depende muito dessa confiança em seu trabalho; depende muito do amor das pessoas pela causa.
E se a causa era um RAP Brasileiro muito mais forte e autossuficiente, Emicida fez muito. E ainda fará. Ainda fará, pois agora começa um novo ciclo na sua carreira; depois de mixtapes e EPs, o primeiro disco oficial vem aí.
2013 promete muita coisa e a história mostra que promessas vindo do Emicida possuem um peso diferente. Pra um cara que já gravou com monstros da música brasileira como Mart’nália, Elza Soares e Wilson das Neves, prometer uma “nova fase” é sem dúvida prometer algo grandioso. Pra ele, pra você, pra mim, pro RAP Brasileiro.
Emicida em 2013… você com certeza vai ouvir falar!
gostei mto..fodaaa
fodaaaaaa mano