A penetração do RAP no cenário musical popular não é de hoje, mas com certeza vivemos o seu período mais frutífero.
Parcerias entre gêneros envolvendo rappers já viraram algo comum e a admiração e o prestígio do estilo têm aumentado.
E não só entre os artistas mais novos; lendas da música brasileira também já começaram a olhar diferente. Uma destas é Caetano Veloso.
Perguntado sobre as músicas que têm ouvido, o baiano não demorou a elogiar dois dos mais populares integrantes da cultura de rua atualmente. “Também os jovens rappers, como Criolo e Emicida, apresentam trabalho inovador e forma um vasto público”, afirmou ele ao EL PAÍS. Em janeiro, ele já havia dito que a dupla merecia um “abraçaço” (título do seu novo disco).
Não à toa, Caetano já fez parcerias com ambos. Ao lado de Criolo, em 2011, cantou “Não existe amor em SP” no VMB, no qual o rapper foi o grande destaque da noite.
Já com Emicida, entre outras vezes, dividiu o palco do Prêmio Multishow 2013. Para muitos, a parceria foi o grande destaque da noite; alcançou seu ápice com um medley de “A Bossa Nova é foda” e “O Hip Hop é foda”.
Calma, ainda tem mais. Junto a artistas como Lenine, Pretinho da Serrinha e Jorge Drexler, os três gravaram música e clipe pela proteção do meio ambiente.
Graças à luta de muitos, o RAP de hoje já não pode mais reclamar da falta de espaço. Claro, ele ainda é menor do que o dado a outros gêneros, mas a possibilidade de “criar seu próprio espaço” é que chama mais a atenção.
Criolo e Emicida o fizeram com maestria e hoje já colhem frutos de toda dedicação e investimento, mesmo que a dupla ainda esteja plantando muita coisa pra um futuro mais próspero.
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