Distúrbio Verbal lança clipe da inédita “Coexistência”

Atualizado em 11/03/2015

Nesta segunda-feira (2), o Distúrbio Verbal lançou o clipe da música inédita “Coexistência”, dirigido por Rodolfo Lacerda e Matheus Melo.

De acordo com o grupo, a produção conta a história “de um homem que no auge de sua crise existencial se isola em um lugar onde antigamente funcionou um sanatório” e “encontra com sua consciência tridimensional, que alerta as nocivas influências que vibrações caídas aplicam em sua existência desde sua chegada na Terra”.

Mais uma vez o grupo destaca a ideia do sanatório e revive, de certo modo, o clima pesado de “O jardim secreto“, embora com temáticas bem diferentes.

“Coexistência” foi produzida pelo DJ Caique; a mixagem e a masterização são de Diego Xavier.

Abaixo cê confere a letra da música:

– Incubado na demência percorro. 
– Falo antes que morro.
– Minha mente agora grita por socorro. Ouço ao fundo um sussurro arrastado:

– Cuidado! Teu templo hoje é mal frequentado. A cabeça embolorada é um vetor, que estimula parasitas internos corroerem teu eu.

– Emitiram em mim, pensamentos fraudados pra eu pensar que era eu, que pensei tudo aquilo.

– Não alimente os intrusos, amigo, eles são famintos, portanto os torne extintos, contidos e corroídos. 

– Por dentro estou enferrujado no átrio do abstrato, perdido vejo o retrato de quando eu era sensato. 

– Não olhe pense, desvende, foque, se organize. 
Depois de tudo pronto, por favor, se enraíze. Não prossiga correndo de si, ferindo a tua vida com a teimosia, quando os internos davam trabalho, os antigos acalmavam eles com a lobotomia.

– Eu sei, mas hoje não existe isso. 
– O manejo mudou. Mas vivemos em genocídio.
– O ciclo depressivo está mais amplo. 
Eu num horário terrestre, lendo minha bula sendo acuado neste antro. 

– Eles interagem mesmo, mano, são o engano, e teus problemas em ser humano não resolvem quando vira o ano.
Plano de dano, é nós no globo sofrendo é nós no corpo vivendo, e eu aqui só intercedendo. 

– Quem é você, hein?! Eu preciso saber…

– Eu sou a alquimia que vive alarmando o que é certo dentro de você. 
Pensando por ti, vivendo por ti, só saio quando “cê” sair, e dessa maneira eu atuo aqui desde quando você começou a existir. 

– A mente é densa e frequenta minha existência. A todo momento me foco no tempo tentando buscar sintonia com minha frequência.

– ‘Tô’ sem paciência, é a tri dimensão holográfica. Você deve ter uma tática, a vida aqui não é estática, é democrática! E Lunática! De extrema mutabilidade.

– Interagimos e coexistimos nessa carcaça buscando alguma verdade.

– Eles tem soberba na boca. 
– Por isso eu só me despeço.
– Não gosto de sair lá fora. 
– Eles cercam, me olham, e eu detesto. 

– A atmosfera aqui é pesada e cinza, as nuvens choram quando os homens caem sem ter noção do que fizeram.
– E eu entendo isso, vivendo em você veja que quem busca a paz são os que internamente imperam. 

– Eu não consigo te avaliar, patologias velhas agem hoje herdando corpos desde sempre, se transportam nos internos, exterminam gerações. 

– Envolvido nas mentiras contadas por charlatões.

– Vestiram outra roupa na eugenia. Irrefutável é tua moral quando apoiada em maioria.

– Fui isolado de mim, quem sou eu pra ter razão? Se existo sem vida… Sua personificação. 

– Mil elementos, constituem teu ser. Dissolvendo em tua linha do tempo um pedaço de voz, sermão dessa neura que dita o que deve fazer. Como deve ser. Rebele-se agora para não virar um refém de si mesmo morando em teu corpo sabendo que não está só.

– Se tu fala: A cabeça da nó. Se eu penso: Sinto até dó. 
Um interno correto no mundo que vai desmanchar e voltar para o pó. 
Se não embriago no que é santo me contamino no escuro quando me pego sendo vigiado, aborto o mal na fuga do impuro. 

– Eu não me aventuro, sim, fui incluso e sobrevivo em teu abrigo.
E no teu umbigo morreremos pois ele é nosso jazigo. Invisto e digo é simultâneo a coexistência então pensemos: 
Pondero a certeza que ninguém de nós, no plano matéria sobreviveremos…

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