Atualizado em 02/03/2016
No dia 26, Luísa fez um mês. E, pra comemorar, escolhi os raps que fizeram parte da minha gravidez e vão fazer parte da vida dela com toda a certeza do mundo!
Bom, andei ouvindo rap com ela do meu lado e ela não chorou, por enquanto. Bom sinal, certo? Mas a real é que eu quero que ela comece de um jeito mais tranquilo. Já sei até quais são os raps especiais que vou apresentar pra ela primeiro, por causa do que eles representam (tanto pros autores, quanto pra mim).
O primeiro, que sempre tocou forte em mim e ganhou um novo significado (mais forte ainda) durante minha gravidez (e eu até chorei quando um amigo me mandou dizendo que tinha tudo a ver comigo), é “Vida”, do Kamau (feat. Rael). Ele mesmo (Kamau) disse que parte da música é dedicada ao filho (ou filha) que ele ainda quer ter, e o trecho é o seguinte:
Venha como vier e será bem recebido
minha querida, meu querido, minha continuação
motivação pra ser melhor do que eu sou agora
conto os minutos, os segundos, mas não vejo a hora
de conversar contigo, ser seu melhor amigo
te proteger do perigo, mas não sei se eu consigo
dar um talento no meu mundo pra você chegar
tentar ser menos vagabundo pra te aconchegar
te pegar pela mão e te levar até onde eu puder
se você quiser, porque eu não quero te forçar
Deus te guiará pra criar seus sonhos
pra não ter que carregar os meus
todas serão por você, mas essa é pra você
especialmente, não sei se você vai entender
eu tenho muito a aprender até lá
mas é você e a vida que vão me ensinar.
Isso é muito especial pra mim, porque ela veio como tinha que vir, cedo demais, não no melhor momento, mas ela foi muito bem recebida. E o resto fala por si só, não tem nem o que dizer. Acredito que todo mundo que gosta de rap e tem um filho (ou filha) sente algo especial com essa música.
E o outro é “Preciso”, do Emicida, principalmente o refrão, porque é o que a gente mais pensa mesmo nessa fase. E tem dois versinhos que eu já falo pra minha filha sempre, que é “vem cá vem, razão da minha esperança, por você vou melhorar tudo onde o olho alcança”. Mas o que me faz até chorar é a parte que fala dos “olhos dela” que trazem “paz pra uma vida segura”.
É engraçado como o rap, um movimento sempre tão engajado, pode demonstrar esse sentimento de maneira tão verdadeira. Por enquanto, são esses. Na próxima, penso em mais alguns! Afinal, filho é isso. É ver um pouquinho dele em tudo e tirar força dele, e viver, fazer tudo por ele. E rap é isso, engloba de tudo um pouco, da revolta ao maior amor do mundo.
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